Os moradores da pequena vila de Santa Maria do Boiaçú, no Baixo Rio Branco, distante mais de 300 quilômetros de Boa Vista, ficaram chocados com o assassinato de uma mulher na tarde de segunda-feira. O homicida, Amon Rodrigues da Silva, 60, ainda tentou se matar por duas vezes, mas sobreviveu e foi levado para receber atendimento médico no posto de saúde da vila.
Ontem ele foi trazido de avião para a Capital e, por volta das 18 horas, chegou andando no Pronto Socorro Francisco Elesbão para passar por nova avaliação médica. Após a avaliação médica e a alta do hospital, ele seria levado ao plantão do 1º Distrito para ser autuado em flagrante pelo homicídio da esposa, Marlene Alves da Silva, de 35 anos.
Segundo o soldado da Polícia Militar, Alan Júnior, que trabalha no destacamento da corporação em Santa Maria do Boiaçú, o crime ocorreu por volta das 15h30 na residência do casal. As duas filhas pequenas da dona-de-casa, de 8 e 9 anos, estavam no imóvel quando o pai começou a golpear a mãe delas com um terçado.
“As meninas saíram correndo para pedir socorro e, minutos depois, quando eu e meu colega chegamos, a mulher já estava morta com golpes na cabeça. Em seguida o encontramos enforcado por uma corda no galho de uma árvore num barranco próximo da residência”, disse o militar.
Ao perceber que o homicida ainda estava vivo, o militar e o colega cortaram a corda e o socorreram em uma maca até o posto de saúde, que fica cerca de 200 metros do local do crime. Foi constatado ainda que, antes de tentar se enforcar, o assassino tentou se matar com o mesmo terçado que usou para matar a mulher.
"Ele fez um corte no pescoço e, como não conseguiu se matar, tentou se enforcar”, informou o soldado. Amon matou a mulher porque não aceitava a separação. Segundo alguns moradores da vila, o homicida se mostrava violento sempre que bebia.