Os Delegados e todos os servidores da Polícia Civil de Rolim de Moura, juntamente com os integrantes da Polícia Militar, reagiram indignados com as declarações feitas pelos promotores de Justiça Marcelo Guidio e Leandro Gandolfo, de que nos últimos cinco anos metade da população de Rolim de Moura teriam sido vítima de crimes contra o patrimônio, ou seja, furtos, roubos, etc, em matéria publicada na última semana no jornal Diário da Amazônia, intitulada “Rolim lidera ranking de roubos e furtos”. Com a notícia,a população ficou apavorada, com medo até de sair de casa para o trabalho.
Rapidamente o Delegado Regional e o Comandante da Polícia Militar, Wagner Januário e Lauri Guilandi, respectivamente, se reuniam e trataram de acalmar a população dizendo que isto não era verdade como de fato não o é, e numa reunião realizada na tarde desta segunda feira (19/03), com toda a imprensa do município, as verdadeiras informações foram prestadas, onde o que se objetivamente se propôs foi mostrar à população qual a realidade dos fatos.
Em levantamento realizado pela Polícia Civil nos últimos cinco anos, os boletins mostram que as informações prestadas pelos promotores não condizem com a realidade, pois na verdade, nos últimos cinco anos tivemos apenas 5.592 crimes contra o patrimônio, dando uma média de 1.100 por ano e não 5.000 por ano como disseram os promotores.
O Delegado Regional disse que o total de ocorrências policiais registradas no ano de 2002, somou 2.629, em 2003 foram 2.720, em 2004 totalizaram 2.959, em 2005 o total foi de 3.331 e em 2006 somaram-se 4.885 ocorrências, verificando que em nenhum dos últimos cinco anos todos os tipos de ocorrências policiais juntas registradas na Delegacia de Rolim de Moura totalizaram 5.000 ocorrências, lembrando só a título de ilustração que neste somatório também incluem as ocorrências de perda de documentos, acidentes de trânsito, apoio a órgão de justiça e outras.
O Delegado Wagner Januário disse que todos os livros de registros de Ocorrências Policiais encontram-se à disposição do Ministério Público local para que possam realizar sua atividade externa e constatarem que estão completamente distorcidos da realidade do Município, que é um dos mais tranqüilos do Estado, justamente diante da integração dos organismos policiais e da dedicação individual de cada servidor no combate ao crime, e se realmente 27.000 moradores desta cidade tivessem sido vítimas de crimes contra o patrimônio, alguma coisa estaria errada certamente.
Nos últimos três anos para se ter um exemplo, no período carnavalesco onde ocorre o maior número de delitos, Rolim de Moura não teve um caso sequer de gravidade registrado, como por exemplo, homicídios, furtos e roubos de veículos, e bem como de lesões corporais, transcorrendo tudo na maior tranqüilidade, justamente diante das operações realizadas em conjunto pelas duas forças policiais antes, durante e após cada período carnavalesco e em outras festividades do município que conta com grandes aglomerações de pessoas.
Os Delegados, bem como o Comandante da Polícia Militar local, disseram não ter conhecimento qual foi a forma encontrada pelos promotores conseguirem os dados para ilustrarem suas declarações, mas tem certeza de que não foram nos livros de registros das delegacias e nem nos boletins de ocorrências policiais registrados pelos policiais militares.
Ressaltaram, ainda, os dirigentes das duas forças policiais Dr. Wagner Januário - Delegado Regional e o Cap. Guilandi - Comandante da Polícia Militar, que a população pode ficar tranqüila, pois que as polícias têm realizado seu dever com muito profissionalismo, e que mesmo diante de algumas limitações tudo tem sido feito em prol da população e continuará sendo feito, para que cada vez mais possamos ter segurança em todos os segmentos de nossas atividades.
Por fim ressaltaram os dois comandantes das forças policiais que é bom que toda a comunidade através do Conselho Municipal de Segurança tenha conhecimento o que a Polícias Civil e Militar vêm realizando, bem como das necessidades que ainda precisam ser sanadas, mas principalmente pediram que o Ministério Público, já que está tão preocupado com o alto índice de criminalidade possa apoiar as Polícias cada vez mais em seu mister, nas operações que realizam diuturnamente, dando credibilidade e tranqüilidade para que os policiais possam realmente trabalhar e servir à comunidade, pois que os inimigos da população são os marginais e não os policiais. Agindo desta forma os infratores saberão que tanto o Poder Judiciário, quanto o Ministério Público, as Polícias Civil e Militar estão unidas fortemente no mesmo propósito, qual seja, evitar e combater a criminalidade como um todo.
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