Roraima - Mãe que jogou feto no mato é identificada

Roraima - Mãe que jogou feto no mato é identificada

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Foto: Divulgação

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Uma denúncia anônima levou a polícia a identificar a mãe do feto encontrado na segunda-feira no meio de um matagal, na rua Estrela do Sul, no bairro Raiar do Sol. A cozinheira Edilene da Silva e Silva, 33, foi detida ontem pela manhã em seu local de trabalho e levada para a Delegacia-Geral de Homicídios, onde o caso está sendo investigado. Em seu interrogatório ao delegado Glauber Lorenzini, ela admitiu que jogou o feto após ter tido um parto surpresa no sábado em sua casa, no mesmo bairro, quando estava sozinha. Afirmou que o feto nasceu morto, por isso decidiu jogá-lo. Edilene já é mãe de quatro filhos e disse ao delegado que sua intenção era criar a quinta filha, apesar de não ter programado a gravidez. Mesmo já tendo ficado grávida por quatro vezes, alegou que neste caso somente há dois meses percebeu a gravidez. Como não estava fazendo o pré-natal, não sabia o tempo exato da gestação e tinha planejado entrar de férias para poder se dedicar à nova criança. Afirmou que antes de descobrir a gravidez estava tendo sangramento como se estivesse menstruando normalmente. No sábado começou a sentir fortes dores, quando ocorreu o parto. Ela afirmou que esperou a criança chorar, o que não aconteceu. Então percebeu que havia nascido morta, ocasião em que decidiu abandonar o feto. Após enrolá-lo na saia e em outro pano, colocou no saco plástico e ela mesma deixou no meio do mato. Depois disso continuou indo para o trabalho normalmente. De acordo com o delegado, colegas de trabalho de Edilene garantiram que ela é uma boa mulher e dedicada ao trabalho e à família. “Os patrões informaram que ela já trabalha na mesma empresa há mais de dez anos. Pelo que se pôde constatar até agora, essa mãe se encontrava no estado puerperal [depressão pós-parto], pelo qual entrou em perturbação psíquica de caráter agudo e transitório, o que a fez jogar o feto”, explicou, acrescentando que, no entanto, ela acabou cometendo o crime de ocultação de cadáver, pelo qual foi indiciada criminalmente e prevê uma pena de um a três anos, mais multa. Edilene foi encaminhada para fazer exame de corpo delito e liberada para responder ao inquérito em liberdade. O delegado adiantou que não vê a necessidade de fazer um pedido de prisão contra ela e está aguardando o resultado oficial do exame cadavérico realizado pelo Instituto de Medicina Legal para concluir o procedimento e encaminhá-lo à Justiça.
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