O presídio José Mário Alves, o Urso Branco, é um paiol de pólvora, mantendo sua quietude temporário, está sempre em vista de uma rebelião ou briga internas entre os próprios detentos, que realizam acertos de contas entre eles ou mandam recados. Na última sexta-feira (17) Cledson Soares de Oliveira, o “Bigode”, foi assassinado com perfurações de Chuchos (
arma de fabricação em forma de punhal), ainda assim teve um dos braços arrancados e a cabeça semi-degolada. O crime ocorreu no pavilhão C, na cela B10.
*Outro colega de cela, Paulo de Tarso Saldanha Galindo, também foi morto da mesma forma. Somando as duas mortes, foram mais de 100 perfurações, numa barbárie que chocou inclusive os agentes penitenciários.
*O caso foi lavrado na Central de Polícia, através do B.O. nº 6162/2006 - que narra que Cledson, o “Bigode”, foi morto por 31 outros presos, logo após ocorrer uma interligação entre as celas B10 e B11, através de um buraco.
*Os corpos dos dois presidiários mortos foram levados ao Instituto Médico Legal no sábado (18) para exames e no domingo foram encaminhados aos familiares.
*Pra piorar a situação do “status quo” em que se encontra o presídio Urso Branco, já que foram registradas três mortes na semana que passou por aparentes motivos internos entre os detentos, os óbitos, na verdade, acabaram revelando ser um recado tenebroso às autoridades responsáveis pelo sistema carcerário.
*No exame do corpo de Cledson, o “Bigode”, foi encontrado um bilhete dentro da sua boca, que trazia um recado bem explícito. Curiosamente, o bilhete vinha escrito em papel timbrado da Sesdec. Estava assim descrito o teor do bilhete (
conforme grafia):
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“A quem encontra, entregue a imprença. Isso aconteceu por causa da oprimição e dos espancamento que não param. E pelo mal trato de nossas visitas. Assinado: cadeia”
*No site
oobservador.com foi noticiado que as duas mortes ocorridas na sexta-feira no interior do Urso Branco seriam um aviso de que outras 32 mortes já estaria marcadas para ocorrer a qualquer momento – de acordo com fontes internas do próprio presídio.
*Até o momento a Seapen (Secretaria de Estado da Administração Penintenciária) não se pronunciou.
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