A dona-de-casa Maria Aurineide Alves, 45, mãe de um detento da Cadeia Pública, foi presa ontem por volta das 11h40, quando tentava entrar no presídio com pasta à base de cocaína e maconha, enrolada em uma toalha pequena. Ela estava com 156,80 gramas de cocaína e 6,40g de maconha escondidos em embrulho.
*No momento da revista, ela afirmou que seria absorvente. Ao ser revistada por uma agente carcerária, foi descoberto que se tratava de droga. Uma guarnição da Polícia Militar foi chamada e Maria recebeu voz de prisão. Conforme o sargento que atendeu o caso, a droga estava acondicionada em sacos plásticos fechados com fita.
*Ela foi levada ao Plantão Central e autuada em flagrante pelo delegado Alberto Alencar, pelo crime tráfico de entorpecentes, previsto no artigo 12, combinado com o artigo 18, inciso 4º, da Lei 6368/76, que aumenta a penalidade por se tratar de tráfico dentro de um estabelecimento prisional. Ainda ontem, antes da conclusão do flagrante, o delegado solicitou exame toxicológico em Maria Alves, para saber se a mesma estava sob efeito de alguma substância.
*Em suas declarações aos policiais, Maria Alves alegou que a droga lhe foi entregue do lado de fora do presídio por um desconhecido e entregaria a outro desconhecido durante a visita ao filho, que disse se chamar Ronisson Alves, recolhido na Cadeia Pública. Ela alegou que não sabia da droga.
*Porém, o delegado não acreditou em sua história e acredita que a mulher levava a droga para o filho. De acordo com o delegado, esse foi um caso que lhe chamou a atenção pelo fato de a mulher demonstrar tamanha tranqüilidade ao entrar na Cadeia com a droga camuflada sobre uma toalha carregada nas mãos. “Ela não esperava que fosse pedido para ver o que tinha enrolado na toalha, o que acabou acontecendo, por caracterizar suspeita”, disse a autoridade.
*Após a formalização do flagrante, Maria Alves foi levada ao Imol para exame de corpo delito e, em seguida, entregue na Cadeia Feminina de Monte Cristo onde vai ficar à disposição da Justiça.