Há quatro dias em greve, agentes e delegados da Polícia Civil decidiram ontem manter o movimento por tempo indeterminado. Mesmo com a forte chuva que caiu ontem, eles realizaram uma manifestação de protesto durante a manhã. A ameaça do Estado de entrar na Justiça com o pedido de ilegalidade da greve não teria sido cumprida. Até a tarde de ontem os líderes do movimento não haviam recebido nenhuma notificação da Justiça.
*Para o presidente do Sindicado dos Servidores da Polícia Civil (Sinspol), Maurício Buriti, a ameaça de pedido de ilegalidade é apenas uma forma de intimidação contra os policiais. “Nós não tememos essas ações do governo. A nossa greve a cada dia fica mais forte, com adesões importantes” afirmou Buriti.
*A manifestação de protesto devido o governo não atender suas reivindicações, não negociar e ainda ameaçar pedir a ilegalidade da greve aconteceu no pátio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A forte chuva que caiu no centro de Rio Branco impediu que os grevistas mobilizarem toda a classe, mesmo assim fizeram uma passeata até o escritório de trabalho do governador.
*Apesar de todas as delegacias de Rio Branco e do interior do Estado estarem paradas, a Policia Técnica não aderiu ao movimento de greve. Para Maurício Buriti, muitos servidores daquela instituição temem represálias, já que a maioria não são concursados.
*A preocupação por parte da cúpula da Segurança aumenta no fim de semana. Antes da greve ter seu início, todos os finais de semana, uma força-tarefa da Policia Civil fazia rondas pela cidade, dando apoio aos policiais militares. Agora o comando da Policia Militar irá reforçar a presença dos soldados nas ruas.
*SEM FORÇA-TAREFA – Os policiais civis em greve já comunicaram à Sejusp que não haverá força-tarefa neste fim de semana. Até os 30% que permanecem nos plantões para cumprir a lei trabalhista deverão fazer uma espécie de “operação tartaruga”.