Em todo o mundo, a vida das mulheres se vê afetada por experiências ou ameaças de violência sem distinção de classe econômica, raça ou cultura. No lar da empregada doméstica Francisca Duarte da Silva, 33, por exemplo, a selvageria do carpinteiro Arquilau de Souza Rosas, 50, deixou revoltada a comunidade do Conjunto Montanhês. Ela foi assassinada na madrugada de ontem com 21 tesouradas e golpes de faca, desferidos pelo próprio marido com quem morava há dois anos.
*Por volta das 4h da manhã de segunda-feira, Francisca Duarte, mãe de sete filhos todos menores, teve a vida ceifada covardemente pelo seu companheiro Arquilau Rosas. Por motivos fúteis, o agressor de posse de uma tesoura, desferiu vários golpes pelo corpo da mulher.
*Propositadamente, no vigor de seu instinto assassino, Arquilau pegou uma faca peixeira e continuou a furá-la. Os familiares da vítima que estiveram pela manhã no Instituto Médico Legal (IML), revelaram à reportagem que Francisca vivia sufocada pelo ciúme doentio do criminoso, porém, não aceitava que os familiares dessem palpites em sua vida particular, por isso todos respeitavam sua decisão.
*Informações de vizinhos sugerem que o crime pode ser resultado de mais uma crise de ciúmes do Arquilau Rosas. O caso está sendo apurado na 8ª Unidade de Segurança Pública (USP) pelo delegado Alberto Dalacosta, que ainda não tinha até à tarde de ontem a localização do carpinteiro.
*A violência contra as mulheres tem dimensões mundiais. No Acre, segundo dados da DEAM, aumentou o número de assassinatos de mulheres em 2006. Dessa maneira, reforça-se que o Estado, a comunidade e cada cidadão têm a obrigação de tomar medidas para acabar com atrocidades como estas. Em todo o mundo, as mulheres vêm liderando campanhas exemplares contra este absurdo, mas movimentos femininos reconhecem que precisa melhorar.