O comandante do 7º Batalhão de Engenharia e Construção (7º BEC), tenente coronel Mário Pedrosa da Silveira Pinheiro, disse ontem que, os ex-soldados Rogério Maia de Souza e Fábio Oliveira da Costa, foram afastados do Exército após cumprirem o período variável de engajamento temporário previsto em Lei. Eles não teriam sido alvo de sindicância, mesmo tendo obtido conceito desfavorável na avaliação de seus superiores.
*Aberto ao diálogo o coronel Pedrosa disse ter ficado surpreso com as denúncias feitas pelos ex-militares contra oficiais do Batalhão que comanda. Acrescentou que ainda não recebeu nenhum comunicado do Ministério Público, mas prometeu apurar os fatos com rigor.
*"Quando assumi o Batalhão, alguns dos denunciados pelos ex-soldados já tinham ido embora do Acre. Porém, o que me causou estranheza é o fato de os rapazes afirmarem que participaram de um ato ilícito e não terem denunciado enquanto integravam a corporação. Vamos buscar a verdade", argumentou Pedrosa.
*O comandante do 7º BEC demonstrou tranqüilidade ao comentar o assunto, garantiu que assim que for provocado pelo MP determinará uma ampla investigação interna. Disse também que a sociedade não ficará sem uma resposta satisfatória.
*"Estamos lidando com erário público, que precisa ser respeitado. Temos a convicção que à imprensa tem um papel importante neste episódio", disse o coronel, ressaltando a defesa da transparência na apuração dos fatos.
*Ele defendeu uma parceria com os órgãos de imprensa do Estado, no sentido de tornar cristalina todas as ações do Batalhão. Pedrosa disse não ter certeza se as acusações procedem, mas feriu a instituição da qual sente orgulho em integrá-la.
*Militar por vocação o coronel Pedrosa foi um dos oficiais de destaque na missão de Paz da ONU no Haiti. Comandou as tropas brasileiras durante um ano em um país devastado por conflitos internos.
*Há poucos dias no Acre, tem a tarefa de esclarecer as denúncias dos ex-soldados que protocolaram no Ministério Público, um Termo de Reclamações em desfavor do major Couto e do tenente Veras. De acordo com Rogério e Fábio, acusados por diversas vezes furtarem gêneros alimentícios do Exército para comercializar e trocar por outras mercadorias.
*Segundo eles, a distribuição era feita em carro dos oficiais e até nas viaturas do Exército. Conforme a denúncia, as mercadorias eram entregues em supermercados de vários bairros no subúrbio de Rio Branco.