*Na manhã desta quinta-feira, 23, alunos da Rede de Ensino Acadêmicus procuraram o Programa de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) e a Delegacia do Consumidor (Decon) para denunciar que foram lesados pela escola. O curso no bairro JK, em Porto Velho, fechou as portas e não devolveu o dinheiro, nem deu explicações a ninguém.
*De acordo com a delegada Elza Aparecida, todos os procedimentos legais serão tomados pela Decon e o caso também deve ser encaminhado à Delegacia de Patrimônio da capital. O gerente regional do Procon, Mauro Briser, informou que a escola já havia sido acionada pelo órgão para devolver o dinheiro de um aluno lesado. Briser também questiona a validade do contrato oferecido pelo Acadêmicus, que além de conter cláusulas abusivas, apresenta um CNPJ registrado no Estado do Amazonas, portanto, não tem nenhum valor em Rondônia.
*Segundo Maíra Oliveira, uma das denunciantes, os responsáveis pela unidade do curso na zona leste disseram que devolveriam o dinheiro pago pelos alunos por um ano de contrato, entretanto, quando chegaram na escola hoje, tudo estava fechado e até as cadeiras haviam sido levadas. Rosângela Afonsino, outra ex-aluna do Acadêmicus, disse ao Rondoniaovivo que os funcionários da escola menosprezaram o apelo de devolução da mensalidade, dizendo, segundo ela, que o valor pago era tão irrisório que não dava a ela o direito de cobrar qualquer coisa. Revoltada, Rosângela resolveu procurar a Polícia. “Se eles não poderiam fazer por aquele preço porque anunciar e enganar tanta gente?”, questionou ela.
*Na sede do cursinho, na avenida Pinheiro Machado, os funcionários informaram que o responsável pela escola, identificado como Ivan, estaria em Candeias do Jamari e que a unidade no bairro JK estaria de recesso carnavalesco, não sabendo dizer, no entanto, porque os móveis foram retirados do prédio e o dinheiro não foi devolvido aos alunos. Lá também foi dada a informação de que o garoto propaganda Rede Acadêmicus, Rubenildo Lima, estaria dando aulas no interior, onde mais unidades do cursinho já foram abertas em pelos menos três cidades.
*O professor Rubenildo ficou famoso também em Itaituba e Santarém, no Pará, onde as promoções fantásticas e os preços atrativos resultaram num golpe, lesando alunos e proprietários dos prédios onde funcionavam suas escolas. O mesmo procedimento foi adotado pelo professor em Manaus, onde nem as rádios em que anunciava foram pagas. Agora a Rede de Ensino Acadêmicus também é caso de polícia em Rondônia.
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