IMPUNIDADE - Assassinato do agente penitenciário Edvan Rosendo completa 10 anos e mandante continua solto

O assassinato do agente penitenciário Edvan Mariano Rosendo completa 10 anos nesta quinta-feira. Ele foi morto quando fazia a escolta do preso de justiça, Ênio Valdir Wesseling, o “Alemão Tangará” (foto), que foi resgatado pelo seu bando e continua forag

IMPUNIDADE - Assassinato do agente penitenciário Edvan Rosendo completa 10 anos e mandante continua solto

Foto: Divulgação

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O assassinato do agente penitenciário de Rondônia, Edvan Mariano Rosendo, completa 10 anos nesta quinta-feira (09). Ele foi morto quando fazia a escolta do preso de justiça, Ênio Valdir Wesseling, o “Alemão Tangará”, que foi resgatado pelo seu bando e continua foragido até hoje, sem ter o nome incluído na lista dos procurados pela Polícia Brasileira. Ele é condenado a oito anos de prisão e responde a mais quatro processos por homicídio.
 
O agente foi executado por comparsas do apenado dentro do ônibus da Eucatur que seguia de Porto Velho com destino ao município de Cerejeiras. Em seguida, Tangará fugiu do local em um veículo Gol. Essa foi a última vez que um ônibus de empresa intermunicipal e interestadual foi utilizado em uma escolta no Sistema Penitenciário rondoniense.
 
Em pesquisa realizada hoje (09/01/2013) pela Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania do Estado de Rondônia (Sesdec) no Sistema Infoseg, que possui o cadastro nacional dos foragidos de todo o país, nada constava do nome de Ênio Valdir Wesseling. A consulta foi feita no Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), o qual informou que “realmente tem coisas que não caem rápido”.
 
A falha na alimentação do sistema já havia sido denunciada pelo promotor de Justiça de Rondônia, Geraldo Henrique Ramos Guimarães, que voltou a questionar sobre a localização do foragido e da possibilidade de alguém ter mandado o agente penitenciário para a morte.
 
O assunto foi tratado em recente encontro do membro do MP com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira.
 
Na ocasião, Geraldo revelou que em abril de 2009, acionou o então procurador-Geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, e o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de Rondônia sobre graves problemas na alimentação da Rede Infoseg da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), onde constam os mandados de prisão de foragidos de todo o país. Nele não haviam registros na época de mandados de RO de Ênio Valdir, nem do narcotraficante Maximiliano Dorado Munhoz Filho (Max), hoje preso na Penitenciária Federal de Porto Velho.
 
A falta de pessoal foi apontada pela Polícia Civil, na época, como a principal causa pelas deficiências, segundo o membro do MP. Em 2003, Guimarães já havia alertado o Departamento de Informática e Telecomunicações da Polícia Civil de RO (Dintel), mas sem avanços.
 
Ele revela ainda que é ameaçado de morte pelo criminoso, bem como a promotora de Justiça, Ana Maria Saldanha Gontijo. Ambos atuaram em processos em Cerejeiras, os quais resultaram em condenações.
 
Segundo o promotor, é quase certo que alguém dolosamente ou muito culposamente “mandou” o agente penitenciário para a morte. Julga inconcebível o retorno de um preso perigoso via transporte coletivo sob a escolta de apenas um agente. Antes de ser enviado à Casa de Detenção Dr. José Mário Alves da Silva (Urso Branco) foi apontado como um dos cabeças da rebelião ocorrida na Penitenciária de Vilhena.
 
“Não entendemos por que até agora esse bandido não foi encontrado. Parece que a vida de um agente penitenciário que saiu de casa para trabalhar não vale nada para os governantes. Em nome da categoria exigimos justiça”, afirmou o presidente do Singeperon ao dizer também que o Edvan Mariano deixou uma família e um filho pequeno, que hoje já está na adolescência e cresce sem o pai.
 
Parentes de Edvan Mariano Rosendo, que hoje dá nome à Penitenciária popularmente chamada de “Urso Panda” em Porto Velho, também clamam por justiça.
 
“Entretanto, há um ditado que diz que justiça tardia é injustiça”, enfatiza Anderson.
 
 
 
 
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