O governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) acusou o Comando Vermelho pela sangrenta rebelião ocorrida na primeira quinzena de janeiro, na penitenciária central do Estado, situada em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. A declaração esta inserida hoje nos principais jornais paranaenses e ganhou destaque da Gazeta do Povo, o de maior circulação na terra das araucárias.
Com uma batata quente destas nas mãos, o governador paranaense pediu ainda em janeiro - e foi atendido pelo Ministério da Justiça - a remoção dos presidiários envolvidos na morte de pelo menos 7 pessoas e por isso cerca de 50 dos mais perigosos foram transferidos para os presídios de Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO).
Para deflagrar uma das maiores rebeliões no Paraná, os mafiosos do Comando Vermelho envolveram até agentes penitenciários.
Requião acusa Comando Vermelho
A existência de ramos de facções criminosas no Paraná costumava ser tratada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) como um problema distante. O posicionamento mais frequente era evitar se pronunciar sobre o assunto. Em 2006, o secretário Luíz Fernando Dela zari chegou a afirmar que “não havia uma estrutura do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná”. De lá para cá, o assunto ficou esquecido. Agora, após a rebelião na Peni tenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, o discurso volta-se contra agentes penitenciários que teriam misturado presos de facções criminosas rivais em uma mesma galeria e dirigentes do presídio e os lideres mais violentos – possivelmente parte da cúpula do Comando Vermelho – acabaram deslocados para a penitenciária de Rondônia.
Como se sabe, para onde se desloca o Comando Vermelho vai junto um rastro de sangue, já que seus cúmplices, parentes, traficantes, assaltantes e cia, acabam indos juntos de brinde. Será o caso de Porto Velho a cidade agraciada com este presente de grego.
Sem lideranças políticas para protestar neste estado – Omissas! Covardes! Incompetentes! -, o Ministério da Justiça vai transformando Rondônia num penico para as tensões sociais do Sul do país. Até Tocantins, um estado menos expressivo que Rondônia, conseguiu nos empurrar mais de vinte dos seus piores facínoras, pra cá, via Ministério da Justiça!
Existe o agravante de Rondônia não ter estrutura para suportar esta situação. É o estado com maior numero de presos da Amazônia, esta minado pelo tráfico de cocaína e, com a segurança pública em colapso. E mesmo assim o Ministério da Justiça nos proporciona mais este fardo. É lamentável! o