Somando as ações das Operações Boiúna e Leviatã, foram destruídas 415 dragas que faziam extração ilegal de ouro no rio Madeira, no trecho entre o Amazonas e Rondônia.
Foto: Divulgação
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A Polícia Federal divulgou boletim da conclusão da Operação Boiúna, realizada sob coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), voltada ao combate à extração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira.
A ação ocorreu entre os dias 10 e 24 de setembro de 2025 e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e CENSIPAM.
De acordo com a PF, durante a operação, foram destruídas 277 dragas, que eram usadas na extração ilegal de ouro. A inutilização desses equipamentos causou prejuízo direto estimado em R$ 38 milhões às estruturas criminosas, conforme constatado por laudos periciais técnicos.
Ao mesmo tempo, em Rondônia, aconteceu simultaneamente a Operação Leviatã, em que foram destruídas 138 embarcações utilizadas para a extração ilícita de ouro, ocasionando um prejuízo estimado em mais de R$ 30 milhões ao garimpo ilegal.
Somando as duas operações coordenadas pela Polícia Federal, foram 415 dragas destruídas por serem utilizadas na extração ilegal de minério.
A operação incluiu medidas sociais e ambientais, além de ações punitivas. No dia 18 de setembro, as equipes da Polícia Federal estiveram na comunidade ribeirinha de Democracia, em Manicoré, contando com o suporte do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.
Amostras de cabelo, água e material biológico foram coletadas para avaliar o efeito do mercúrio na saúde das pessoas expostas. Assim que os estudos forem concluídos, serão divulgados oficialmente.
Uma pesquisa recente realizada pelo Greenpeace Brasil revelou a presença de mais de 500 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira, inclusive em regiões próximas a terras indígenas e unidades de conservação. Isso reforça a urgência de medidas constantes para combater o crescimento dessa atividade criminosa. Para colher dados e imagens, o Greenpeace fez uso de tecnologia como drones, satélites e outros recursos.
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