A cada mês cerca de 55 mil lojas fecham as portas no país inteiro enquanto o e-commerce vem crescendo
Foto: Divulgação
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O fenômeno de abertura e fechamentos de lojas não vem ocorrendo apenas em Rondônia. Em todo o Brasil, cerca de 55 mil lojas fecham as portas todos os meses, e isso não é só devido por conta de problemas administrativos ou falta de demanda no comércio varejista. Um dos problemas está voltado ao novo comportamento do consumidor que está cada vez mais utilizando a internet para compras de produtos ou serviços.
No primeiro quadrimestre de 2025, o Brasil registrou o fechamento de 973.330 empresas, representando um crescimento de 13,4% em comparação ao mesmo período de 2024, conforme dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Os dados indicam um mercado instável, no qual a formação contínua e o planejamento estratégico são essenciais para a sobrevivência dos negócios, particularmente para micro e pequenas empresas que lidam com alta concorrência e desafios financeiros.
A alta competitividade e a necessidade de adaptação às transformações constantes do mercado estão entre os fatores que causaram a falência de algumas empresas. Essa nova concorrência é uma ameaça em qualquer lugar do mundo, que vem obrigando os comerciantes a adaptar suas formas de alcançar o cliente com qualidade, preço e agilidade na entrega. O que os dados mostram é o colapso silencioso de um modelo que não se reinventou. A loja física não morreu, no entanto, também não evoluiu.
Nos últimos 10 anos, estima-se que mais de 7 milhões de lojas fecharam no país, e dessas, 88% eram microempresas. Em 2022, 63% dos novos MEIs vieram de pessoas demitidas da CLT que para se ocuparem procuraram um novo modelo de relações de trabalho.
Enquanto as lojas físicas vêm diminuindo, por outro lado, as lojas virtuais crescem a cada dia. Em 2024, empresas digitais cresceram 38%. As físicas encolheram 6%.
O erro é que muitos empreendedores seguem abrindo loja como se fosse 2010. O modelo de empreendimento daquela época não se aplica nos tempos modernos, onde os hábitos de consumo mudaram e tudo passa pela internet.
Aquele venho padrão com vitrine, balcão e vendedor insistente já não encaixa com o que o novo consumo busca numa compra de produto. O novo consumidor cansou desse padrão e agora busca fluidez, quer ser atendido onde for mais conveniente e não deseja mais a pressão por vendas forçadas.
O consumidor da era da internet livre quer ter a liberdade de escolha. O que o novo habito de consumo busca é comprar no digital, retirar no físico, e ser atendido onde for mais conveniente. E isso é possível nas lojas digitais com inúmeras ofertas de produtos, preços e prazos.
Outra vantagem apontada pelos clientes é que pela internet é possível comprar mais barato além mais ofertas e variedades de produtos.
Dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte indicam que em 2024 o fechamento de emprsas na região Norte foi de 38,9%. Rondônia está incluso nesse percentual apesar de não haver dados locais. Em Porto Velho é possível ver o abre e fecha de empresas nos dados oficiais e também em galerias, shopping e centros comerciais das principais avenidas de aglomeração de lojas.
Conforme levantamento feito pelo Rondôniaovivo, o problema não está no fator loja física. De acordo com a contadora e MBA em gestão, Eliane Krupinski, o declínio está na insistência de manter formatos de negócios que o cliente não utiliza mais. “O varejo está mudando para quem compra e para quem vende. Abrir uma loja já não é garantia de sucesso, e o bom resultado deve vir da adaptação ao novo modelo de relações comerciais entre cliente e fornecedor, oferecendo comodidade com opções de compras virtuais e preços competitivos”, afirmou.
Lojas virtuais vêm ocupando cada vez mais espaço e levando grande fatia do mercado de varejo. No ano de 2024 no Brasil as vendas pela internet alcançaram faturamento estimado em mais R$ 204 bilhões. Esse enorme volume correspondeu a 91,3 milhões de compradores virtuais, dando uma média de compra por pessoa em torno de R$ 492,40.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) comemora o crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. Essas vendas foram puxadas de setores que tradicionalmente eram mantidas por lojas físicas como: eletrodomésticos, alimentos, bebidas, perfumarias, vestuários e cosméticos.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!