CRIMES AMBIENTAIS: Parque de Guajará volta a ser alvo de invasores e de extração ilegal de madeira

O Estado poderia intensificar as operações de combate e fiscalização se o orçamento extra de R$ 10 milhões da Sedam fosse aprovado

CRIMES AMBIENTAIS: Parque de Guajará volta a ser alvo de invasores e de extração ilegal de madeira

Foto: Divulgação

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O Parque Estadual de Guajará-Mirim continua na mira de invasores de terras públicas e de madeireiros que fazem a exploração ilegal. Durante ações da Operação Verde Rondônia coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar, a equipe encontrou motosserra e combustível escondidos na floresta, utilizados por criminosos que fazem a extração ilegal de madeira. A área é uma unidade de conservação estadual destinada para a preservação ambiental e pesquisas. 
 
 
Com uma área de aproximadamente 220 mil hectares, o Parque sofre pressão de invasores, extração ilegal de madeira e queimadas. No ano passado, durante o período de seca, essa unidade de conservação passou mais de um mês sob ação de derrubadas ilegal e incêndios florestais criminosos. Na época, equipes do Corpo de Bombeiros e da Brigada PrevFogo do Ibama foram alvos de ataques de criminosos que tentam se apropriar de terras públicas. 
 
O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de conservação localizada em Rondônia, Brasil, abrangendo os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré. É uma área importante para a sustentabilidade porque protege uma área de cerrado e transição para floresta tropical. O parque foi criado com o objetivo de manter e preservar a área e sua biodiversidade visando as gerações futuras.
 
 
Outros parques e unidades de conservação 
 
O Parque Estadual de Guajará-Mirim não é o único alvo de invasores de terras e madeireiros ilegais. Em Rondônia, o descaso com áreas públicas destinadas ocorre em todas as regiões. Grande parte das áreas de unidades de conservação do Estado foram suprimidas para atender ao interesse de latifúndio. 
 
O caso da Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná é um deles e gerou ação na Justiça Federal. É que no final de abril deste ano, a Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou um projeto de lei que regulariza a situação de pessoas que vivem ou trabalham irregularmente nessa unidade de conservação. A norma concedeu perdão de multas por crimes ambientais e cancelou processos judiciais relacionados à ocupação. A norma aprovada também garante que quem comprou produtos rurais dessa área nos últimos 30 anos também não será punido. 
 
 
Ações pontuais de fiscalização e combate 
 
Neste ano de 2025, durante ações coordenadas pelo corpo de Bombeiros Militar, foram encontrados equipamentos de derrubadas e áreas impactadas pelos madeireiros que de forma ilegal subtraem árvores centenárias. Pontes de acesso construídas pelos invasores foram destruídas pelas equipes que fiscalizam e monitoram o parque. A área do entorno é que mais sofre a pressão de invasores, que utilizam a velha pratica de derrubar a floresta nativa de unidade de conservação e depois buscam de forma vitimizada sensibilizar os poderes em busca de regulariza áreas destinadas para parques e reservas.
 
 
Nessa fase da Operação Verde Rondônia, já foram combatidos 1.468 eventos de fogo em Rondônia sendo que grande parte ocorre em áreas preservadas. Os Bombeiros também já fizeram 444 averiguações de incêndios e efetuaram a captura de 92 animais silvestres. Para esses atendimentos foram mobilizadas tropas em todos os seis Grupamentos de Bombeiros Militares e nas unidades instaladas em 32 localidades consideradas críticas para queimadas e incêndios florestais. 
 
 
 
 
Projeto de R$ 10 milhões recusado
 
Os números alcançados pela operação verde Rondônia são grandes, mas poderia ser mais abrangente caso o governo estadual tivesse mais recursos para fiscalizar e combater. Em junho deste ano, a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) rejeitou o Projeto de Lei 803/2025 de autoria do governo do estado que destinava por meio de crédito adicional, R$ 10 milhões à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sedam), para fiscalização ambiental contra o desmatamento e pagamento de diárias dos fiscais da Sedam, no ano de 2025.
 
Apesar que o projeto tramitou nas comissões pertinentes e estava com parecer favorável para a aprovação em Plenário, durante as discussões realizadas em sessão do dia 26/06, o parecer foi rejeitado pela maioria dos deputados, seguindo diretamente para arquivo. Os únicos deputados que votaram a favor do relatório para que o projeto fosse à votação em Plenário foram os deputados Eyder Brasil (PL) e Cláudia de Jesus (PT).
 
A não aprovação desse projeto afeta diretamente as ações de defesa do meio ambiente, justamente no ano da COP 30 na Amazônia. A falta de cuidado com o meio ambiente pode comprometer as exportações, uma vez que a União Européia e outros países estão promovendo embargos para produtos que tem origem em locais com grande impacto ambiental.
 
Rondônia figura entre os estados que mais desmatam e promove queimadas ilegais na Amazônia brasileira. Para reverter essa realidade, faz necessário investimentos direcionamentos para a fiscalização e combate aos crimes ambientais.
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