Instituições estaduais que fiscalizam e combatem as queimadas ilegais precisam ampliar as ações para não repetir o triste cenário de 2024
Foto: Divulgação/Operação PF
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Ainda não chegou o período crítico do verão amazônico e os primeiros focos de queimadas já aparecem por toda Rondônia. A Polícia Federal dá sinais que vai atuar com rigor, diante dos índices de queimadas ocorridos no ano passado. Durante patrulhamento da Operação Sentinelas da Amazônia 2025, na última sexta-feira (18), duas pessoas foram presas por atearem fogo de forma ilegal, nas proximidades da BR-364.
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Ao avistarem muita fumaça e fogo que comprometiam a visibilidade de quem trafegada na rodovia, os policiais federais identificaram um dos suspeitos com a mão numa vara que usava para expandir o fogo. Na abordagem, o homem disse que cumpria ordens do gerente de propriedade rural. Os dois foram presos em flagrante por crime ambiental, de acordo com a Lei nº 9.605/1998, e conduzidos para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Rondônia.
Essa ação foi só o começo do que pode vir pela frente. Se não tiver rigor pode repetir o drama sufocante com ar poluído e natureza devastada. Nos meses de agosto a setembro, quando ocorrem mais queimadas, se não tiver pulso das instituições que fiscalizam e combatem as queimadas, o estado de Rondônia pode novamente aparecer entre os maiores incendiários do país.
A atenção ao problema de queimadas em Rondônia faz sentido pelo histórico de negligências das autoridades estaduais que regem a política de meio ambiente. O reflexo desse descuido na gestão estadual coloca o estado na sétima colocação entre os que mais queimaram em todo o país no ano passado (2024). A quantidade de focos de calor foi tão grande que no período mais crítico, a capital e os municípios do território geográfico Madeira-Mamoré atingiram índices com maior poluição do ar mundial.
Em 2024, Rondônia bateu recordes de queimadas, com o maior número de focos registrados nos últimos 14 anos. O mês de agosto de 2024 foi particularmente crítico, com um aumento de 144% nos focos de incêndio em comparação com o mesmo período de 2023.
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