O sistema ‘pare e siga’ adotado na BR-364 para a travessia da ponte no rio Candeias vem causando transtornos e atrasos para quem precisa ter acesso ao Hospital do Amor da Amazônia e ao Hospital Santa Marcelina, em Porto Velho. A única forma de chegar a essas unidades de saúde é pelo trajeto da rodovia que está com longas filas devido a limitação de passagem de veículos sobre a ponte que apresenta risco de desabar.
Uma das prejudicadas é a Lúcia Rocha que gravou imagens e enviou para o Rondoniaovivo, mostrando a via de acesso ao retorno bloqueada por carros e caminhões. Ela considerou um descaso e falta de planejamento das autoridades responsáveis. “Todos os dias tenho que levar o meu tio para tratamento no Hospital Santa Marcelina e os motoristas de carretas fecham o acesso para o retorno aos hospitais”, declarou.
Para conseguir a liberação da pista, Lúcia faz o esforço de tentar convencer os motoristas, mas nem todos atendem ao pedido. “Meu avô tem 90 anos e está doente. Ele não aguenta esperar tanto numa rodovia”, lamentou. “Parei na Polícia Rodoviária Federal me disseram que não podia ajudar”, afirmou.
As unidades de saúde Santa Marcelina e Hospital do Amor são especializados em tratamento de doenças graves como o câncer, hanseníase e outras enfermidades. Além de pacientes, os médicos e demais profissionais de saúde também encontram dificuldades de acesso e atrasam devido ao transtorno do congestionamento causado pelas filas desordenadas na rodovia.
Os motoristas estão ocupando as faixas das vias, o acostamento e o acesso do retorno formando um bloqueio na BR-364, próximo a divida entre Porto Velho e Candeias do Jamari. No local, não tem cones para sinalizar a entrada ao retorno e nem outro tipo de sinalização que possa manter o acesso livre.