A ousada construção da Ferrovia Madeira Mamoré (1907-1912), com 366km, entre a atual capital de Rondônia e a fronteira com a Bolívia, em Guajará-Mirim, em plena floresta amazônica virgem e insalubre, foi uma epopéia regada com bastante dor, suor, crueldade e sangue.
Mais de 21 mil trabalhadores, de 50 nacionalidades diferentes, para lá foram levados (muitos à força).
Só no hospital ali construído para dar suporte à obra, morreram 1.521. Outras centenas “desapareceram” nos trechos isolados, na mata e nos rios durante o processo.
Ficou conhecida como a Ferrovia do Diabo.
Coube ao americano Percival Farguhar a missão de realizar essa estrada de ferro após o fracasso de duas empresas inglesas.
Uma obra maluca feita para o Brasil saudar sua dívida pela compra do Território do Acre à Bolívia e, principalmente, para escoar a borracha da região e atender interesses econômicos da banca.
“DN”
Parabéns ao trabalho realizado pelo Luís Claro. O colorido deu uma visão totalmente nova daquela realidade.