Superintendente do órgão disse que o trabalho deveria ter o acompanhado de um técnico do Instituto o que não ocorreu
Foto: Divulgação
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A superintendente, em Rondônia, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Delma Batista do Carmo Siqueira, disse que a retirada das peças da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, cortadas com maçarico para serem vendidas como sucata, não é culpa do IPHAN.
Um documento mostrou que a decisão de vender como sucata parte do acervo da ferrovia foi tomada em conjunto entre a Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Essa ação está indignando setores da sociedade local que não concordam com o que está sendo feito. Nesses casos, por envolver patrimônio público, deveria ser feito um edital público e chamamento, dando publicidade ao ato.
Delma contou que no ano de 2019 foram feitas reuniões com os órgãos citados acima e com o Ministério Público Federal, onde foi decidido que o material que não servisse mais, sem chance de recuperação, seria doado para os ferroviários.
Segundo ela, a seleção das peças contou com a participação da Funcultural e, pelo acordo, o trabalho de retirada deveria ser acompanhado por um técnico do IPHAN. “Nada disso, foi feito. Era para terem marcado o dia e horário da retirada com o IPHAN. Entramos em contato com os ferroviários para uma reunião, nesta terça-feira (28), às 10 horas, e pedimos a suspensão dos trabalhos”, disse.
Ela informou também que as peças já retiradas, mas que não deveriam, serão devolvidas ao local de origem. “Vamos nos reunir para saber o que ocorreu”, declarou.
Perguntada se uma situação desse tipo, não mereceria um Boletim de Ocorrência, Delma não quis entrar em detalhes. “Vamos tomar as medidas cabíveis necessárias para o caso”, limitou-se a dizer.
Foram feitos vários montes, prontos para serem transportados, com peças cortadas do patrimônio histórico da EFMM
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