POR VICK BACON: A resistência de Maduro e a reeleição de Macri, problemas para Bolsonaro

Confira a coluna de Victoria Bacon

POR VICK BACON: A resistência de Maduro e a reeleição de Macri, problemas para Bolsonaro

Presidentes da Venezuela, Brasil e Argentina / Foto: Estadão Conteúdo

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Curioso percebermos que o caso Venezuela só houve derrotas até o momento. No caso  de Guaidó não conseguiu interromper o avanço de Nicolás Maduro e o derrubar da presidência venezuelana e acaba saindo fragilizado nesse processo. Vale ressaltar que não está descartada um possível processo de transição democrática. Quanto ao governo Maduro também sai muito enfraquecido que não sabe como conduzir o país sabendo que parte dos militares que lhe deram sustentação estão apoiando direta a Guiado ou indiretamente. Em toda essa celeuma, o ministro da Defesa do Brasil Fernando Azevedo disse no dia posterior a tentativa de Guaidó derrubar Maduro do poder na Venezuela: “Acalmem-se! O santo não é de barro. Essa frase atribuiu as falas do Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo que dias antes deixou vazar que conhecia do estratagema de Guaidó em promover a queda de Maduro em 30 de abril. Os generais liderados por Fernando Azevedo, ministro da Defesa têm a convicção e certeza que pode se estender por muito tempo a crise na Venezuela, sendo essa uma situação que não se resolverá repentinamente. A própria ajuda humanitária é caracterizada como complexa, imagina você caro leitor uma intervenção para derrubar Maduro do poder?  

 

O vice-presidente Hamilton Mourão que é general do exército publicou em suas Redes Sociais que intervenção militar não é o caminho para a crise na Venezuela. No dia seguinte, o presidente Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter que a decisão sobre o que se fazer com a Venezuela é exclusivamente dele. Não é! A decisão é constitucionalmente atribuída ao Congresso Nacional em falas de Rodrigo Maia num evento. Essa novela Venezuela mostra como é difícil a relação pessoal entre os presidentes dos poderes e aqueles que estão próximos a eles, realmente os fios são descascados quando há desconexão entre Bolsonaro-Maia- Mourão.

 

Enquanto no Norte da América do Sul, o Brasil de Bolsonaro enfrenta a situação alarmante da Venezuela, no Sul do continente temos a Argentina do presidente Macri. Caso não seja reeleito presidente da Argentina nas eleições que se aproxima, Bolsonaro teme dois governos de esquerda e o Brasil no meio. Sim, de esquerda, pois nas pesquisas de intenção de votos na Argentina a ex-presidente Cristina Kirchner ultrapassou Macri que já é visto como um dos piores líderes do país desde a Ditadura Militar do final dos anos 70. A Argentina não fez as Reformas prometidas por Maurício Macri quando assumiu o governo, causando enorme frustração entre investidores e empresários. Nenhuma das 4 pautas tiveram êxito e o governo de direita argentino começa a contagem regressiva para deixar o poder. Bolsonaro tem pavor quando se fala na possibilidade de Cristina Kirchner retornar ao poder na Argentina. Maurício Macri que assumiu a presidência em 2015 e tinha o chavão de O Príncipe dos Mercados devido as suas falas durante a campanha eleitoral em defesa dos empresários, abertura do marcado e desestatização; entregará o poder ao próximo presidente pior em relação a seus antecessores, fortalecendo Cristina Kirchner nesse processo evasivo de Macri e da Direita Argentina.

 

Quando Macri assumiu a presidência em 2015, viu-se a necessidade de tomar emprestado dinheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional) sem saber quando e como poderia lagar a conta. Para tanto, Macri prometeu aos investidores e ao próprio Fundo (FMI), realizar as Reformas necessárias para o crescimento da Argentina. Esse processo político de negociação e articulação para a aprovação das reformas começaria de fato em 2016 para se resolver a situação fiscal. O Brasil também caminha para a mesma situação análoga a da Argentina quanto da necessidade extremamente urgente em se aprovar a Reforma da Previdência e as outras reformas que irão garantir equilíbrio fiscal e das contas públicas. Todas as questões conseguem ser resolvidas quando um país coloca como meta o equilíbrio fiscal e mote de gestão, o que não houve no governo argentino de Macri e precisa urgente ocorrer no Brasil. As Reformas de Macri não aconteceram no volume e tempo esperados, afastando investidores e o próprio mercado que não acredita que a Argentina consiga reverter situação apavorante. Qualquer país, independentemente de qual seja precisa fazer ajustes, equilíbrios e Reformar quando o dinheiro acaba. Sempre foi e sempre será dessa forma!

 

As declarações do deputado federal Paulinho da Força em que diz “se dermos ao presidente a Reforma aprovada, ele estará reeleito!”. É uma declaração antipatriota e realmente não caiu bem. Existe um discurso no Congresso em não se fazer a melhor reforma possível e sim a mínima, mudando o projeto inicial do governo. BPC e aposentadoria rural já estão eliminados do original enviado pelo super ministro Paulo Guedes ao Congresso em março.

 

Infelizmente jogar politicagem na reforma da previdência é algo inaceitável. O país está completamente parado, sem investimentos, aguardando notícias boas do mercado. Esse mercado depende justamente da aprovação das Reformas necessárias para a retomada do crescimento econômico e consequentemente geração de emprego e renda. O ministro Guedes está utilizando o caso da Argentina para nortear o perigo em não haver a aprovação da Reforma. Essa Reforma está nas mãos de Rodrigo Maia que acabou sem querer, querendo  tornando-se o líder do centrão e se cacifando como o Luís Eduardo Magalhães quando presidiu a primeira Reforma no segundo governo FHC (1999-2002).

 

Hoje saiu o mais recente resultado do IBGE sobre indicadores do desemprego: São 27,3 milhões de brasileiros (13,4 milhões diretamente e 13,9 milhões indiretamente). Esses dado negativos do nosso país não justifica a União de todos para a aprovação das Reformas? Que o mal exemplo de Macri nos sirva de dura lição de casa no Brasil de Bolsonaro!

 

Juan Guaidó anunciando ao povo venezuelano que é tudo ou nada! Foto: Gazeta do Povo

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