Cientistas desenvolvem tratamento para síndrome de Guillain-Barré

Eles acreditam, no entanto, que será necessário fazer mais testes no futuro, com um número maior de pacientes.

Cientistas desenvolvem tratamento para síndrome de Guillain-Barré

Foto: Divulgação

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Um grupo de pesquisadores japoneses desenvolveu um tratamento para os casos mais graves da síndrome de Guillain-Barré, o primeiro avanço em 25 anos para a cura da doença neurológica e autoimune.

 

O estudo, feito pela Universidade de Chiba (leste de Tóquio), conclui que o uso do remédio eculizumab, que já era aplicado no tratamento de várias doenças raras, é também seguro e eficaz para a Guillain-Barré e ajuda a agilizar a recuperação dos pacientes, explicou a instituição em comunicado.

 

A doença, que nos últimos anos se associou também a uma complicação do vírus zika, causa fraqueza muscular e paralisia de órgãos e extremidades, levando à morte cerca de 4% das vítimas.

 

"Os resultados do teste clínico chamaram a atenção de especialistas de todo o mundo, como um tratamento inovador e potencialmente eficaz para a Guillain-Barré", afirmou o professor Satoshi Kuwabara, principal responsável pela pesquisa.

 

O estudo foi feito durante 24 semanas em 13 hospitais japoneses, onde pacientes com casos severos de Guillain-Barré receberam o remédio eculizumab ou um placebo.

 

A partir da quarta semana, mais de 60% dos pacientes que tomaram o remédio podiam andar de maneira independente, enquanto esse percentual caía para 45% no caso do grupo do placebo.

 

Após concluir o tratamento, 72% dos pacientes do primeiro grupo podiam correr, enquanto apenas 18% do segundo grupo conseguiram.

 

Segundo o estudo, que foi publicado em 20 de abril na revista médica britânica "The Lancet Neurology", 70% dos pacientes que tomaram o remédio quase não tinham sinais de incapacidade seis meses depois de iniciar o tratamento, o que para os pesquisadores significa que os problemas poderão ser superados no futuro.

 

Eles acreditam, no entanto, que será necessário fazer mais testes no futuro, com um número maior de pacientes.

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