A escola Lydia Johnson, uma das mais bem aparelhadas de Porto Velho, irá abrigar o piloto do projeto que o governo deseja gradualmente expandir para áreas socialmente comprometidas pela violência, evasão e pobreza
Foto: Divulgação
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Eles têm em comum a vontade de atuar na execução de um projeto inovador, que de fato ofereça oportunidade de mudança na vida de jovens que se encontram vulneráveis socialmente e que por diversas razões não concluíram o Ensino Médio. Joana D’Arc Brasil de Carvalho, 40 anos; Alcy Tavares da Silva, 38 e Gustavo Cunha Margonar, 36 anos, chegaram à etapa final de processo seletivo a que se submeteram no início de junho para dirigir a escola estadual Lydia Johnson, unidade que abrigará o projeto Asas do Saber, elaborado pela equipe pedagógica da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Gestores escolares experientes, eles conversaram na tarde de segunda-feira (4) com o governador Confúcio Moura, no Palácio Rio Madeira. Um dos idealizadores do Asas do Saber, o governador quis conhecer o perfil de cada um, experiências e motivação para o que chamou de “desafio grande” na reinserção escolar de jovens de 15 a 17 anos – onde se constata a maior evasão.
“A preocupação do professor, do educador, não é com o aluno que deseja aprender, que aprende sozinho inclusive. É preciso se preocupar com aquele que não quer nada, está desmotivado, vulnerável; este é que deve interessar à escola”, disse o governador Confúcio Moura.
O secretário de Estado da Educação, Waldo Alves, disse que o governador está propondo uma “ousadia” e uma oportunidade dos profissionais da educação promoverem uma mudança, reinventarem a forma de levar conhecimento e promover inserção social para o que chamou de “clientela de resgate.”
A escola Lydia Johnson, uma das mais bem aparelhadas de Porto Velho, irá abrigar o piloto do projeto que o governo deseja gradualmente expandir para áreas socialmente comprometidas pela violência, evasão e pobreza. O ensino será integral, do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, com carga horária de 4.224 horas de formação geral, sendo 2.496 horas de formação básica e 1.728 horas da carga horária complementar, que são as atividades eletivas, para contribuir com a formação profissional, no desporto e cultura.
Waldo Alves, a diretora-geral de Educação, Angélica Ayres, gerentes e cerca de 15 professores, além dos três profissionais selecionados para a gestão da escola estiveram também com o governador num encontro de alinhamento das informações e propósito do trabalho a ser feito. O objetivo central do projeto é o desenvolvimento integral dos jovens e adolescentes, por meio de experiências educacionais inovadoras da aprendizagem para assegurar a permanência do estudante e a conclusão Ensino Médio.
“O projeto é bonito, é bom, o trabalho em equipe será fundamental, e meu desejo é que de fato saia do papel uma gestão e uma prática escolar diferenciadas”, disse Gustavo Cunha Margonar, ex-vice-diretor da escola municipal José de Freitas, localizada no assentamento Joana D’Arc, linha 9. Para chegar lá, Gustavo conta que saia de casa, em Porto Velho, 5 horas da manhã. Ele também foi coordenador do programa 2° Tempo, na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e coordenador do programa Atleta na Escola, no âmbito da Seduc. Quer levar a experiencia no desporto para dentro da Lydia Johnson.
Alcy Tavares da Silva falou no encontro com o governador sobre a experiência com o Projeto Integrador, na Faculdade São Lucas, onde foi professor durante cinco anos. Ele também foi diretor na escola Jorge Teixeira de Oliveira, no bairro Ulysses Guimarães, zona leste, e na escola Jesus Burlamaqui, na zona sul. A perspectiva de trabalhar com o novo, com o desafio, foi a motivação para se inscrever na seleção.
Diretora por seis anos da escola Ermelindo Monteiro Brasil, localizada no outro lado do rio Madeira, dentro do conjunto do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (Dnit),nJoana D’Arc disse que mora no bairro Costa e Silva, onde está a escola Lydia Johnson, uma das regiões de vulnerabilidade social, com número expressivo de jovens fora da escola. “É a possibilidade de fazer a mudança, com pessoas que de fato estão preocupadas com a situação dos nossos jovens que me motivou a participar desse projeto”, disse ela, ressaltando ser fundamental atender aspectos cognitivos e afetivos dos jovens envolvidos com mazelas sociais como as drogas e a violência.
Todos os três serão contratados para trabalhar na escola. São três as áreas de gestão – administrativa, pedagógica e sociocomunitária.
Além do Costa e Silva, a escola absorverá estudantes dos bairros Nacional e São Sebastião I e São Sebastião II.
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