Protestos em Guayara Merim impedem exportações e visitas ao país

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Foto: Divulgação

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Devido a um racionamento geral de energia em Guayaramerín, as travessias de passageiros foram totalmente paralisadas por tempo indeterminado desde meio dia de domingo (29). Nem brasileiros e nem bolivianos estão autorizados a realizar a travessia. Com a proibição, os turistas brasileiros estão proibidos de visitar ou fazer compras lado boliviano. Os  bolivianos enfrentam a mesma dificuldade em relação às compras em território brasileiro. Guayaramerim está em estado de recolher, mototaxistas da cidade ameaçam furar os pneus das motos e carros de quem desobedecerem as determinação.

Segundo Neurofran Costa, que é um dos empresários do grupo responsável pela administração do Porto Oficial de Guajará-Mirim, o bloqueio está causando prejuízos e afastando os turistas da área fronteiriça.

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“Calculamos já termos perdido cerca de R$ 40 mil nesses quatro dias de paralisação. A empresa tem um fundo fixo e pode sobreviver mais umas duas ou três semanas. Estamos aguardando que o problema seja resolvido e tudo volte ao normal”, declarou o empresário.O cônsul da Bolívia no Brasil, Haisen Ribera Leigue, disse que não existe previsão para o fim do racionamento em Guayaramerín. Além do porto, também foram bloqueados o aeroporto, rodovias e houve fechamento de escolas, lojas e postos de combustíveis.

“O motivo principal é a falta de abastecimento da energia elétrica na cidade. Há pelos dois anos já estão com esse problema e agora se agravou. A geração de energia está com uma cooperativa privada, mas devido a um problema interno de eleição estão impedidos de manejar recursos econômicos. Sem recursos, há uma dificuldade para compra de novos geradores.

Tudo está parado lá e sem previsão de retorno. As autoridades estão em conversação, mas não há como prever quanto tempo vai durar”, explicou Haisen.A paralisação também está prejudicando diretamente as empresas que fazem exportação de para a Bolívia. Vários caminhões abastecidos com diversos produtos estão estacionados às margens do Rio Mamoré, aguardando uma possível liberação das travessias.

 
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