Consórcio Brasil Central é apresentado a dirigentes empresariais
Foto: Divulgação
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O Governo do Estado apresentou na manhã desta terça-feira (15/09), em reunião realizada na sede da Federação da Indústria (Fiero), em Porto
Velho, o projeto Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, uma espécie de autarquia pública a ser formada pelos Estados que compõem a região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), mais Rondônia e Tocantins no Norte.
Para o presidente do Sistema Fecomércio (Sesc-Senac-IFPE), Raniery Araujo Coelho, a iniciativa do Governo é coerente e oportuna, pois reúne os Estados que tem potencialidade comercial e agrícola, e que buscam um posicionamento melhor com relação aos investimentos em tecnologia e produção industrial. “Como presidente de uma Federação, temos consciência de que a união traz resultados favoráveis para todos. Na gestão pública não é diferente, basta haver alinhamento, transparência e comprometimento que os resultados virão”, afirmou ele.
Além de Raniery Coelho, participaram da solenidade de apresentação o governador Confúcio Moura, o presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho, o presidente da Fiero Marcelo Thomé, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faperon) Hélio Dias, o chefe da Casa Civil Emerson Castro, além de vários deputados estaduais.
O secretário estadual de Planejamento e Gestão, Jorge Braga, explicou que para a implementação do Consórcio Brasil Central estão previstas três etapas, das quais uma já aconteceu no último dia 11 de setembro, que foi a assinatura do Protocolo de Intenções por todos os Estados que compõem o consórcio. Segundo ele, o governo está ultimando o projeto de lei a ser encaminhado à Assembleia Legislativa ainda nesta semana para ser apreciado e votado.
O secretário Jorge Braga apresentou ainda os números que confirmam o potencial da região, que detém 25% do território nacional e que corresponde a 11,27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com forte produção no setor agropecuário. Nada menos que 25,68% do que é produzido pela agropecuária no País sai do Brasil Central (dados de 2012). A região, sozinha, tem significativa participação nacional em alguns produtos importantes: algodão (66,21%), soja (44,59%) e milho (26,16%). Nos rebanhos, a participação também é representativa: 41,89% dos bovinos estão no Brasil Central; 14,84% dos suínos e 10,74% das aves (dados de 2013).
Os números levaram a uma expressiva presença na balança comercial nacional. No ano passado, enquanto as exportações do Brasil como um todo tiveram déficit de R$ 4 bilhões, o Brasil Central registrou saldo de R$ 15 bilhões. A boa situação econômica reflete-se na qualidade de vida. Os estados da região têm média de 0,739 no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) que é acima da nacional: 0,727 – o indicador leva em consideração três fatores: longevidade, educação e renda.
Para se compor inicialmente o caixa da autarquia, cada Estado injetará R$ 1,9 milhão em recurso, que será revertido na elaboração dos projetos essenciais para o desenvolvimento dos Estados que compõem o grupo, focando principalmente a agropecuária, industrialização, infraestrutura e logística, educação, empreendedorismo, inovação (ciência e tecnologia) e meio ambiente.
CARACTERÍSTICAS EM COMUM
Apesar de Tocantins e Rondônia pertencerem à região geográfica Norte e os demais Estados serem da região Centro-Oeste, o bloco foi criado com base nas semelhanças entre seus componentes. Além de estarem no centro do país e de não terem acesso ao litoral, os Estados têm entre si várias outras características como, por exemplo, terem em seus territórios o bioma Cerrado, que é o segundo mais extenso do Brasil.
Além disso, as unidades da federação têm ocupação humana extensiva mais recente, principalmente a partir dos anos 1930, quando o ex-presidente Getúlio Vargas criou a versão brasileira da Marcha para o Oeste, incentivando a ocupação do interior. O desenvolvimento, neste caso, foi focado na agricultura e na pecuária, que até hoje são a grande força da região (à exceção do Distrito Federal, que pelas características de capital da República tem perfil administrativo e com força econômica no setor de serviços).
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