ACHADO - Peça histórica da EFMM é encontrada em ferro velho na zona Sul - VÍDEO

A peça foi encontrada semi enterrada, retirada e estava em um depósito de material reciclado, depois comprada pelo dono do ferro velho por R$ 50,00 (cinquenta reais).

ACHADO - Peça histórica da EFMM é encontrada em ferro velho na zona Sul - VÍDEO

Foto: Divulgação

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Há uma semana mais uma peça tombada pelo Patrimônio Histórico e que pertence ao acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi furtada na cara dura, não se sabe que horas e de que forma foi feito isso. Trata-se de uma bomba de ejeção de óleo de uma das locomotivas do acervo, a de nº 18, que pesa por volta de 20 kg e que, segundo o museólogo Antônio Ocampo, é uma peça única, raríssima e que pela complexidade levaria um longo tempo para ser retirada da locomotiva.

 
Outras peças já foram retiradas do local, o complexo da EFMM, onde fica a antiga estação – inativa e depredada -, os galpões – restaurados e já com sinais de danos (causados pela enchente histórica de 2014 ou ação de vândalos mesmo) -, como o sino da locomotiva, além de tubo de cobre e até peças do trilho.
 
Na última sexta-feira (17) o fotógrafo Luiz Brito recebeu a ligação de uma pessoa que se identificou como Ruy Tavares, dono de um ferro velho localizado na Rua Petrópolis, no Bairro Eletronorte, zona Sul de Porto Velho, que dizia ter encontrado uma peça histórica da EFMM em um depósito de material reciclado, próximo a fábrica da Coca Cola. Porém não soube precisar que peça era essa.
Peça encontrada e resgatada pelo ferro velho. Uma roda, possivelmente de uma locomotiva  Peça que está descrita e catalogada no inventário do acervo da EFMM que está com a Prefeitura. Semelhança com a roda encontrada
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O museólogo Antônio Ocampo, acompanhado do fotógrafo Luiz Brito e do jornalista Marcos Souza, se uniram e de forma espontânea realizaram uma "força tarefa" e foram até o local para identificar a peça e saber do que se tratava.
 
Ao chegar no local indicado, onde fica o ferro velho, os três entraram em contato com o proprietário e que alertou sobre o achado, Ruy Tavares. Que muito afável disse ter se preocupado em resgatar a peça, pois, segundo ele, chegou menino aqui em Porto Velho e sempre foi fascinado pela história da legendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré, chegando inclusive a passear na época em que havia o passeio turístico pelos trilhos.
 
A peça, uma roda de ferro, pode ser de uma Baldwin Mogol, de 1908, e está descrita no Inventário entregue à Prefeitura, como “Rodas de Locomotivas nº 848 – Parte 7 de Guajará-Mirim”, mas falta confirmação e apuro na investigação do que foi encontrado.
 
Segundo Ruy, essa peça foi encontrada semi enterrada, retirada e estava em um depósito de material reciclado, depois comprada por ele por R$ 50,00 (cinquenta reais). Ele disse que comprou justamente para recuperar e devolver ao poder público o que ele considera ser uma relíquia e de suma importância da história de Porto Velho.
 
Antônio Ocampo agradeceu o interesse do proprietário do ferro velho e o incentivou a sempre denunciar ou avisar sobre achados como este e que a Funcultural, órgão municipal hoje responsável pela manutenção e preservação do complexo e do acervo da EFMM, deverá ser avisada para ir até ele e resgatar a roda histórica assim como o Iphan.
 
Ruy Tavares por fim disse que estará ajudando sim, pois o interesse dele é ajudar a preserva a história que ele respeita e admira, e aproveitou o momento para dizer que seria muito bom se a prefeitura ou órgãos fiscalizadores tomassem a iniciativa de promover uma campanha de resgate das peças que já foram furtadas e pertencem ao acervo.

Vale lembrar que a lei que regulamenta o Iphan (Decreto no 25 de 30/11/1937) estabelece que o proprietário de peça tombada que não comunicar ao instituto furto, roubo ou extravio, no prazo de cinco dias, está sujeito a multa de dez vezes o valor da coisa. Os atentados contra os bens tombados são julgados como crimes contra o patrimônio nacional. Segundo o Código Penal, quem destruir um bem artístico, histórico ou arqueológico está sujeito a multa e pode ser preso por seis meses a três anos.

 

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