Dona de casa recebe transplante de pele no HB ter 80% do corpo queimado
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
“Eu estava levando uma garrafa com quase 2 litros de gasolina, para colocar na moto e resolvi passar pela cozinha, onde escorreguei. O fogão estava
![]() |
Assim que chegou ao hospital , no dia 20 de março, Lucinéia passou a ser tratada pela equipe de nove cirurgiões plásticos, coordenada pela médica Flávia Lenzi. “Inicialmente cuidamos da desintoxicação dos órgãos, como pulmões e rins, e realizamos as primeiras retiradas de tecido necrosado. Agora chegou a hora de fazermos os enxertos provisórios com 3.500 cm² de pele cedida pelo Banco de Pele Humana de Porto Alegre (RS), que integra o Sistema Nacional de Transplantes”, explica a especialista.
A pele doada chegou em fatias muito finas acondicionadas em embalagem lacrada. Segundo Flávia, o ideal seriam 8.000 cm², “mas como sabemos da dificuldade de se conseguir tecidos humanos no Brasil, com o que temos vamos recuperar as áreas mais profundas”, afirma a responsável pela cirurgia, que foi realizada em três horas.
“Os enxertos são provisórios, mas determinantes para a recuperação de Lucinéia, pois durante aproximadamente dois meses –tempo de duração estimado até que a pele enxertada seja rejeitada pelo organismo- o seu corpo já terá reconstituído os tecidos lesionados e podemos retirar a pele provisória, que é uma medida salvadora”, informa o médico Eduardo Farina, cirurgião plástico que compõe a equipe do HB.
O cirurgião geral Adriel Denner, que participou da cirurgia, diz que no pré-operatório durante uma semana foi feita “transfusão de quatro bolsas de concentrado de hemácias (1,2 litros), para garantir o bom funcionamento do sistema circulatório e dar resistência à paciente durante a cirurgia, em que evitaremos ao máximo a perda de sangue”.
Um caso tão grave quanto o de Lucinéia aconteceu há 10 anos, quando uma criança teve praticamente o seu corpo todo queimado por água quente. Flávia Lenzi lembra que “fizemos várias cirurgia naquele garoto que hoje é um rapaz forte e saudável”.
A equipe de cirurgiões plásticos do HB faz até seis cirurgias de reconstituição de pele por semana, sempre às terças-feiras, pois acidentes com queimaduras são muito comuns e deixam marcas para toda a vida. “Todo cuidado com líquidos inflamáveis é pouco. Atendemos gente não só de Rondônia, mas também do Acre, do Amazonas, do Mato Grosso e até do departamento do Beni, na Bolívia. O HB é o hospital de referência da Amazônia ocidental”, informa o diretor geral Nilson Paniagua.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!