CERO atendeu mais mil pessoas com fisioterapia

CERO atendeu mais mil pessoas com fisioterapia

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Foto: Divulgação

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Regiane Alves Beltrão é mãe de Renan, de quatro anos, e observa os movimentos que ele faz com as pernas, apoiado por uma fisioterapeuta. Um problema

neurológico deixou sequelas nos membros inferiores. O garoto é um dos pacientes do Centro Estadual de Recuperação (Cero), onde o atendimento é agendado. De outubro a dezembro do ano passado, 1.043 pessoas passaram pelas diversas áreas da fisioterapia da unidade.

A trajetória de Renan revela que por trás do olhar de quem está de bem com a vida há um guerreiro. Em tratamento desde os cinco meses de vida, ele não andava. Segundo sua mãe, os progressos são visíveis, graças ao atendimento recebido.  Regiane veio de Uruapiara, no Amazonas, para cuidar melhor do filho. Ela conta que é sempre bem atendida e não esconde a admiração que tem pelos profissionais do Cero, que são carinhosos com a criança.

O Cero foi inaugurado em outubro de 2014 pelo governo de Rondônia para suprir a carência que existia no campo da recuperação. O diretor Yargo Alexandre de Farias Machado, que e fisioterapeuta, destaca que a unidade atende nas áreas de psicologia, para idades e particularidades diversas; fonoaudiologia específica para fonoterapia, além de fisioterapia neurológica e infantil, ortopédica adulta e neurológica. O serviço tem, ainda, terapeutas ocupacionais.

O governo de Rondônia criou um planejamento estratégico e, como parte deste processo, Yargo foi escolhido para habilitar outros centros de reabilitação que já existiam nos municípios. Unidades ganharam estrutura para desafogar os atendimentos mais complexos, que antes só era feito na capital. Os pacientes recebem o tratamento depois que acessam a unidade de mais próxima de sua casa, principalmente os do interior.

A capacidade técnica com Cero é o nível 4, de maior complexidade, em razão da demanda tecnológica e populacional. Na outra ponta está a unidade do município de Vilhena, que ajuda a desafogar fluxo gerado pelos pacientes do interior. “Antes, o pciente chegava, mas não tínhamos vaga. No sistema utilizado agora, ele pode ser atendimento ou encaminhado para numa unidade perto de sua residência”, explica o diretor.

ESCOLA

Claudineia de Lima costuma ir ao Cero. Ela é mãe de Henrique, de três anos, que sofreu lesões neurológicas durante o parto. As sequelas comprometem a fala e os membros superiores e inferiores. Ela observa o atendimento e vislumbra como será daqui a três anos. “Ele já poderá ir para a escola. Sonho muito com este dia”, confessa. Henrique ainda passará pelo atendimento com fonoaudiólogos, mas o que a mãe vê é motivo de comemoração. “Ele melhorou muito. Já está até mais calmo”, afirma.

A mãe diz que não tem motivos para reclamar. Ela veio do município de Alta Floresta, com o marido, para oferecer a Henrique o melhor tratamento. Claudineia faz questão de chamar a atenção para o tratamento que os profissionais proporcionam a todos os que chegam ao Cero.

Além de atender os pacientes que necessitam de seus serviços, o Cero também oferece facilidades para quem necessita de meios auxiliares de locomoção. Cabe ao centro gerenciar a aquisição de cadeiras de rodas para todo o estado. A compra é feita pelo Hospital Santa Marcelina.

OFICINA

O diretor Yargo Machado diz que o Cero também uma oficina ortopédica, onde serão confeccionadas próteses, por exemplo. Atualmente, só o Hospital Santa Marcelina dispõe deste serviço.

A área para a construção da oficina já foi desapropriada e os recursos estão garantidos no orçamento do estado. Faltam apenas detalhes jurídicos para o início da construção.

As instalações do Cero chamam a atenção, também, pela limpeza e pelo silêncio que impera nos corredores e salas. Isto ocorre porque não há demanda que não esteja programada. O sistema permite que cada paciente tenha atendimento exclusivo e saia satisfeito. É o caso da doméstica Luíza das Dores Oliveira. Após passar pela oitava das 10 sessões de fisioterapia recomendadas pelo ortopedista, ela era só elogios aos funcionário. “Eles são muito educados. Nos recebem com carinho. Fazem o melhor por nós”, disse.

Luíza sofreu um acidente quando passeava de bicicleta, no dia 26 de novembro do ano passado. Antes de vir para o Cero, ela fez tratamento no Hospital João Paulo II. Em recuperação adiantada, diz que voltou a pedalar em seu veículo predileto. “Agora tenho mais cuidado. Depois de um acidente é preciso ter mais cuidado porque muitos motoristas não respeitam os ciclistas.”

O governador Confúcio Moura visitou as instalações do centro, na semana passada, ouviu uma explanação sobre a forma como os trabalhos estão sendo feitos. Gostou da forma como os pacientes são recepcionados e encaminhados para as salas de terapias oferecidas. Ele transmitiu algumas orientações e anotou providências que deverão ser tomadas com urgência.

De outubro a dezembro do ano passado, o Cero atendeu 1.043 pacientes no setor fisio ortopédico, 184 na psicopedagogia, 170 na terapêutica, 459 na fonoaudiologia, 377 no fisio neuro, 621 na fisioterapia infantil e 490 na psicologia. São números que exemplificam que o sistema de regulação funciona e não incluem o atendimento descentralizado.

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