O projeto foi autorizado e assinado por Chistian Camurça e Maria Jacinta Barbosa de Oliveira, chefe da divisão administrativa da Funcultural.. Ambos autorizaram o pagamento.
Foto: Divulgação
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A Capital de Rondônia comemorou 100 anos agora em outubro e a prefeitura organizou uma série de eventos e a execução foi feita através de um convênio entre a Fundação Cultural de Porto Velho e a Fundação de Apoio a Pesquisa Cientifica, Educacional e Tecnológica de Rondônia, também chamado de Instituto de Pesquisa de Rondônia (IPRO).
O convênio foi assinado pelo presidente da Fundação Cultural, Christian Piana Camurça, em 29 de setembro deste ano, e entre outras justificativas no projeto estavam “contemplados diversos segmentos artísticos, culturais e históricos, proporcionando lazer e atividades para o enriquecimento cultural de toda a comunidade”.
O valor global do convênio foi de R$ 527 mil e 100, a serem pagos em parcelas quinzenais. Entre as atividades propostas no projeto estavam previstas uma série de ações, tais como lançamento de livros, exposições fotográficas, queima de fogos, shows nacionais e locais e uma programação “diversa durante o mês de outubro, levando arte, cultura e entretenimento ao cidadão portovelhense, de forma gratuita, em praça pública”.
O projeto foi autorizado e assinado por Chistian Camurça e Maria Jacinta Barbosa de Oliveira, chefe da divisão administrativa da Funcultural.. Ambos autorizaram o pagamento. No cronograma do projeto “aniversário de Porto Velho – Centenário da Cidade” estavam previstos a gravação de um filme, show nacional (pago pela Santo Antônio Energia, Gaby Amarantos), realização de grafites, palestras e um item que chama a atenção, o mapping. Mas, o que é isso?
Video mapping ou mapeamento de vídeo é uma técnica que consiste na projeção de vídeo em objetos ou superfícies irregulares, tais como estruturas de grandes dimensões, fachadas de edifícios e estátuas (cuja projeção pode ser feita a 360º).
Através da utilização de um software especializado os objetos de duas ou três dimensões são formados virtualmente, a partir dessas informações o software interage com um projetor para adaptar qualquer imagem à superfície do objeto escolhido.
Pode-se dizer que há uma reconstrução do espaço real existente através da adição de espaço virtual. Com esta técnica os artistas podem criar dimensões extras, ilusões ópticas e noções de movimento em objetos estáticos.
Normalmente são criadas narrativas audiovisuais através da combinação ou desencadeamento de vídeo com áudio. O video mapping ficou conhecido através da sua utilização em campanhas publicitárias e vídeos de música eletrónica.
É interessante observar a pequena quantidade de pessoas presente nessas apresentações. Se a idéia era comemorar, faltaram convidados e sobraram despesas. Porque o mapping tem um custo elevado, e requer empresa especializada. Em Porto Velho, algumas possuem o projetor, mas não o software nem os demais equipamentos para a projeção. Para esse serviço, assim como os demais, foram apresentadas cotações de três empresas, Luamarte (Porto Velho), GabiSom (Ariquemes) e O Beco (Candeias do Jamary) e foi essa empresa que ganhou o contrato, ao valor de R$ 162 mil, para realizar o serviço de “projeção de luz em alta definição e som no prédio do mercado cultural de acordo com o plano de trabalho”.
O mapping custou aos cofres municipais R$ 162 mil, foram três apresentações, em três dias seguidos de apenas 15 minutos cada, com um público médio de 100 a 150 pessoas.
Além disso, chama a atenção o local de funcionamento da empresa “O Beco”. Um grupo de vereadores de Porto Velho resolveu conhecer as instalações e seguiram para o endereço indicado, na rua Violeta, nº 25, em Candeias do Jamari. Chegando lá, eles se depararam com um imóvel vazio, até mesmo sem energia. Eles foram informados por um vizinho que “uma pessoa orientou a dizer que a empresa funcionava ali, caso alguém perguntasse”.
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