ACHADO - Objetos históricos da EFMM surgidos após a cheia estão expostos em área aberta - FOTOS E VÍDEO

São dezenas de cravos amontoados com outras peças de ferro que serviam para fixar os dormentes dos trilhos. Foi encontrado também material de porcelana e garrafas que datam mais de cem anos

ACHADO - Objetos históricos da EFMM surgidos após a cheia estão expostos em área aberta - FOTOS E VÍDEO

Foto: Divulgação

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Cravos da EFMM e ferramentas centenárias surgiram após a cheia do rio Madeira na área da Vila de Santo Antônio, região ribeirinha, localizada na margem direita. A descoberta foi feita por moradores próximos e curiosos que resolveram trilhar os caminhos por onde a cheia do rio atingiu picos no seu nível nunca antes visto. Na capital a máxima da cota do nível do rio Madeira chegou a 19,73m, um recorde.

São dezenas de cravos amontoados com outras peças de ferro que serviam para fixar os dormentes dos trilhos. Foi encontrado também material de porcelana e garrafas que datam mais de cem anos. Todo esse material está disposto em um área próximo a adutora da Caerd e surgiu após a baixa do rio.

São dezenas de cravos e outros objetos (porcelanato e garrafas) dos primórdios da construção da EFMM e que possivelmente datam do século 19.

Em contato com o arquiteto Luiz Leite, estudioso de todo o acervo histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e membro da Associação dos Amigos da Madeira Mamoré, disse já ter ciência desse material encontrado e que integra o acervo do patrimônio. “Com a baixa do rio Madeira, as camadas de terra e objetos que antes estavam enterrados são expostos. É um material rico e que pertence a história de Rondônia. Essas peças integram os primórdios da EFMM, possivelmente datados do século 19, quando da primeira construção da ferrovia e veio a locomotiva 12 Coronel Church”, disse Luiz.

Esses objetos estão jogados e sem perspectivas de serem resgatados até o momento, caso seja obedecida a alegação da Fundação Cultural, responsável por cuidar de todo o acervo, que só deve fazer a limpeza e possível resgate após avaliação do acervo histórico – o que inclui o complexo e entorno – através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que solicitou na semana passada de Brasília uma visita de técnicos em Porto Velho para que façam uma avaliação dos possíveis danos que a cheia causou ao acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, principalmente nas peças, como a litoneira, vagões, locomotivas, entre outras peças.

Luiz Leite alertou que o correto a ser feito seria toda a área onde se encontra o cemitério da Candelária e vila de Santo Antônio fosse protegida e cercada para que se fizesse o resgate dessas peças e a catalogação. “Não vejo necessidade da vinda de técnicos de fora para avaliarem o nosso patrimônio, que não conhecem nossa realidade social e histórica. Temos aqui mesmo técnicos bem capacitados e dispostos a colaborar, isso, a meu ver, é um erro do Iphan”, comentou o arquiteto.

A ação para a proteção da área deveria ser impetrada pelo Ministério Público Federal junto a Justiça Federal para que fosse feita os trâmites legais cabíveis no resgate dessas peças que pertencem ao acervo tombado, de acordo com Luiz Leite.

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