Não adianta! Nem mesmo que Presidente da Banda, Siça Andrade, afirmasse que não teria a BVQQ em Porto Velho, os milhares de foliões compareceriam da mesma forma ao Centro da capital rondoniense para acompanhar a Banda do Manelão.
Foto: Divulgação
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Irresponsável, essa pode ser a definição dada à atitude das autoridades em não concederem o devido policiamento e garantia de segurança nas vias públicas durante o percurso da Banda do Vai Quem Quer no próximo sábado em Porto Velho.
Acontece que o prefeito da capital, Mauro Nazif, e o governador de Rondônia, Confúcio Moura, já se mostraram publicamente contrários a realização do evento e deixaram bem claro que não cederiam suporte algum. Eles estão com os esforços focados no apoio aos desabrigados do Madeira.
Mas o que todo cidadão portovelhense sabe, até os que não gostam de carnaval, e só os nossos gestores públicos parecem não saber é que a Banda do Vai Quem Quer deixou de ser apenas um bloco de carnaval há muito tempo e hoje pode ser considerada um movimento popular.
Anualmente, a partir do meio dia do sábado de carnaval, milhares de famílias de todas as classes sociais, níveis de escolaridade, entre dezenas de diversidades sociais e culturais, colocam suas roupas de carnaval e se encaminham de todas as partes da cidade rumo à praça das Três Caixas D’água, local de concentração da Banda do Vai Quem Quer.
Não adianta! Nem mesmo que Presidente da Banda, Siça Andrade, afirmasse que não teria a BVQQ em Porto Velho, os milhares de foliões compareceriam da mesma forma ao Centro da capital rondoniense para acompanhar a Banda do Manelão.
Isso é um fato que torna a Banda do Vai Quem Quer um gigante da cultura popular, pois ela pertence ao povo, e na cabeça do portovelhense nessa banda Vai Quem Quer!
Por isso, caso aconteça algo de grave ocasionado pela falta de estrutura de segurança pública, quem deve ser responsabilizado criminalmente é o Governo do Estado e a Prefeitura de Porto Velho, por ter simplesmente jogado seus cidadãos à própria sorte, ou eles acham que uma canetada vai impedir o povo de ir para rua?
É claro que Porto Velho está vivendo um momento de extremo pesar, vários irmãos que moram à margem do rio Madeira estão desabrigados, vitimas de uma cheia inesperada e de claras alterações na geografia do rio Madeira após a construção de duas hidrelétricas.
Mas, querer jogar a responsabilidade da sua própria incompetência para uma expressão cultural de Porto Velho é no mínimo cruel, uma vez que o cidadão portovelhense além do carnaval gostaria de ter uma cidade limpa, digna de se morar, coisa que não possui devido às seguidas administrações atrapalhadas e corruptas, com cheia do rio ou sem cheia do Madeira.
Durante os últimos anos a prefeitura de Porto Velho recebeu dezenas de milhões de reais do Ministério da Habitação para realojar essa comunidade que hoje sofre com a cheia. O dinheiro foi enviado para a construção de condomínios populares na capital.
O porquê dessas pessoas não estarem morando em seus apartamentos concedidos com verba federal nunca foi questionado pelo atual prefeito Mauro Nazif, que parece sempre se esquivar quando o tema é denuncias contra gestão passada.
No próximo sábado milhares de portovelhenses estarão no Centro da cidade, caso o Governo do Estado e a Prefeitura de Porto Velho não disponibilize efetivos policiais e fiscalizatórios condizentes com um movimento popular cultural do porte da Banda do Vai Quem Quer, aí sim teremos muito o que lamentar. O momento é de ajudar, mas sem hipocrisia!
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