Bancários rejeitam proposta da Fenaban e greve continua

Bancários rejeitam proposta da Fenaban e greve continua

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Foto: Divulgação

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Acabou agora há pouco a assembleia geral dos bancários realizada na sede do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) que, a exemplo do que aconteceu nos sindicatos da categoria em outros estados, rejeitou a proposta de reajuste de 7,1% feita pela federação dos bancos (Fenaban) na sexta-feira, 4. Com isso, a greve dos bancários continua em todo o país por tempo indeterminado, até que os bancos façam uma proposta mais justa e condizente com a realidade financeira.
A proposta apresentada pela Fenaban foi considerada insuficiente pelo Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT. A proposta prevê 0,97% de aumento real (reajuste de 7,1%) e nenhum avanço para questões consideradas prioritárias pelos bancários, como o fim da pressão por metas, fim do assédio moral, melhoria nas condições de trabalho e mais segurança nas agências.
O Comando Nacional dos Bancários encaminhou documento à Fenaban reafirmando a necessidade de os bancos apresentarem uma nova proposta que de fato atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários.
A aprovação da rejeição da proposta da Fenaban mostra o descontentamento da categoria, a revolta com o tratamento dispensado pelos bancos aos seus funcionários. É um absurdo que um ramo que cresceu, nos últimos sete anos, 120%. Essa última proposta da Fenaban não chega sequer a 1º de aumento real, o que é inadmissível, sem falar que os bancos voltam a ignorar questões fundamentais, como melhores condições de trabalho”, avaliou José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.
Em Rondônia a greve já fechou 106 agências e o movimento a cada dia ganha mais adesão dos trabalhadores. Com os serviços bancários paralisados, o comércio já sente queda nas vendas e as casas lotéricas são tomadas diariamente pelo público que busca pagar contas ou fazer alguma transação financeira abaixo de R$ 700.
 
AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
 
* Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
 
* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
 
* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
 
* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
 
* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
 
* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
 
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
 
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
 
* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
 
* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
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