Vereadores vão convocar prefeito sobre Plano de Mobilidade Urbana
Foto: Divulgação
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O prefeito Mauro Nazif, segundo vereadores e empresários, não ouve ninguém e está muito mal assessorado.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, a pedido dos empresários da Avenida Calama, reuniu empresários e vereadores de Porto Velho para discutir os prejuízos causados pela implantação de um corredor, que não funciona como corredor, na qual estiveram presentes a vereadora Ana Negreiros (PMDB), inclusive representando o presidente da Câmara, Alan Queiroz, o vereador Everaldo Fogaça e Leo Moraes, ambos do PTB, quando tiveram ocasião de presenciar o desabafo e o desespero dos empresários da Calama que amargam prejuízos no faturamento de 30 a 60% e esperam uma atitude ou uma resposta do prefeito a meses. Reclamaram que, além de serem pegos de surpresa, a medida não melhorou em nada o trânsito e somente causou fechamento de lojas e desemprego, além, de sensível queda no comércio local.
Entre os vereadores Leo Moraes foi o primeiro a usar a palavra afirmando que não foi somente os empresários que foram pegos de surpresa. Também os vereadores que não possuem as informações sobre o que a Prefeitura está fazendo, nem pretende fazer. Para ele, o Plano de Mobilidade Urbana não é conhecido nem por eles, nem pela população e as audiências que são feitas são quase secretas, tal a falta de divulgação, tanto que ele foi o vereador que mais compareceu a elas, mas, acaba sabendo em cima da hora e lá as explicações que são dadas são sempre parciais sem que se apresente dados que permitam saber o que se pretende fazer. O resultado tem sido o de que as coisas são tratadas pontualmente e não se resolvera a questão da mobilidade sem um planejamento, o que, até hoje, nenhum prefeito fez. Depois colocou-se a disposição dos empresários para apoiar as ações que fossem necessárias e para que não se ficasse apenas nas palavras.
Em seguida o vereador Everaldo Fogaça disse que as relações entre a Câmara Municipal e o prefeito Mauro Nazif estão muito difíceis e, inclusive, quando voltarem os trabalhos normais, quatro secretários devem ser afastados por não terem atendido as convocações daquele parlamento. Para ele, no caso da Calama, é preciso utilizar a legislação e convocar o prefeito para dar explicações, pois, já são cinco meses de tormento dos empresários sem resposta. O prefeito não responde nem à Câmara nem à população. Ele tem governado imperialmente, e ainda é muito mal assessorado, mas, quando cobrado, como no caso da Calama, procura desviar o assunto, não responde as questões, como foi mostrado no áudio em que disse “não acreditar nos prejuízos de 30 a 50% dos empresários”. A situação é muito difícil, mas, a Câmara tem que convocá-lo para dar explicações. Afinal ele implorou nas eleições ao povo para ser prefeito e está sendo uma grande desilusão. Na Câmara, disse a ele, mesmo sob vaias dos comissionados que levou lá, que já se passaram mais de cem dias e o governo dele é uma decepção que já era tempo de colocar para fora os assessores que não funcionam. Ele considera que está tudo muito bem.
A vereadora Ana Negreiros também se disse surpreendida com as medidas tomadas em relação à Calama e demonstrou sua preocupação com os problemas que podem advir de outras mudanças que já foram anunciadas e que, certamente, irão causar maiores problemas. Na opinião dela isto não pode ser feito sem uma ampla discussão pública, mas, o que se observa é que se o prefeito faz audiências e não convoca a Câmara, a Fecomércio, como representante do setor mais importante da atividade econômica, e ninguém sabe o que será feito, realmente, é preciso discutir a questão com os empresários e o prefeito. O vereador Fogaça lembrou que “apesar de ser o único representante da Zona Sul só fui saber da audiência lá quase em cima da hora pelo Facebook”. Também os empresários levantaram a questão de que ninguém está vendendo nada para a Prefeitura e nem ela paga os débitos passados. Foi esclarecido que o que se sabe, extraoficialmente, é que até este mês somente 06 processos de compras foram abertos. Que os processos não estão andando na Secretária de Administração por ser uma administração centralizada em torno de Nazif e seu irmão. Na campanha ele disse que prestigiaria o comércio local, mas, a administração está sem rumo perdida, mexe na Calama, onde não é necessário, e nos locais onde existe engarrafamento não faz nada.
O Superintendente da Fecomércio, Rubens Nascimento, pediu para que se voltasse ao foco da questão que seria o que fazer em relação ao problema da Calama. Então se deliberou que os vereadores farão uma convocação ao prefeito Mauro Nazif para tratar do assunto e os empresários da Calama farão uma mobilização para protestar contra a medida que, no primeiro momento, não inclui, como sugerido, que se parasse a avenida na hora do rush. O superintendente Rubens Nascimento objetou que este não é bem o papel do empresário, mas, que se elaborassem alternativas ainda que esta também não seja sua função. Foi sugerido que se diminuísse o número de paradas de ônibus que são, em torno de 08, para 05, é que se sinalizasse e se fizesse, realmente, abrigos de ônibus, pois, os que existem não protegem do sol ou da chuva as pessoas. Também, como o próprio prefeito afirmou que não existe um corredor e que a questão é de trafegabilidade, como esta não melhorou, vai se estudar e entrar com uma ação civil pública para revogar a medida. Um dos empresários presentes chegou a afirmar que, pelo visto, embora se negue, a medida só teria a finalidade de arrecadar recursos, mas, para os vereadores, e o prefeito teria dito isto a um empresário, a questão é somente de obter os recursos para o Plano de Mobilidade Urbana no valor de R$ 90 milhões. O problema que ficou caracterizado é que este plano só existe na cabeça dos burocratas da secretária de trânsito, pois, nem os vereadores, nem os empresários, nem a população tem a menor ideia do que será feito.
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