A Operação Paliteiro no Porto Organizado teve início ontem na quinta-feira (10) e durou cerca de oito horas. O trabalho consiste na retirada do volume de madeira que se acumula no cais flutuante ao longo do ano e, no período de chuva, o volume tende a aumentar.
Trata-se de um fenômeno natural característico do rio Madeira, devido à agressividade de suas correntezas. No inverno amazônico, o volume de água do rio Madeira chega a triplicar em relação ao período de verão. Segundo o diretor de operação e fiscalização do Porto Francisco Altamiro, dependendo do fluxo de madeira, esta operação tem que ser feita rotineiramente.
“Com a correnteza forte, o volume de madeira fica acumulado no cais flutuante, principalmente nos primeiros meses do ano. Esse volume é prejudicial à estrutura do cais flutuante, comprometendo diretamente as amarras de sustentabilidade do mesmo. Além disso, compromete toda a segurança das operações portuárias concernentes a atracação das balsas”, explicou Francisco Altamiro.
De acordo com Marcos Reis, técnico operacional da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), a estrutura do cais é como um grande navio que pode furar e amassar, além de forçar os pinos de sustentação do flap que liga a ponte ao cais flutuante, por isso a importância da operação. Um barco foi usado para puxar as madeiras do cais e empurrá-lo para o curso do rio. “É um modo de manter o equilíbrio ambiental”, explica.
“A Operação Paliteiro foi realizada em parceria da Soph com o consórcio Santo Antônio Energia”, explica o diretor-presidente Ricardo Sá.