Governo subestima professores ao nomear estágio probatório para cargo de confiança

Governo subestima professores ao nomear estágio probatório para cargo de confiança

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Foto: Divulgação

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 Todo o reboliço aconteceu há cerca de dois meses, mas por medo de represálias os envolvidos preferiram não se manifestar na época. Porém a indignação pela humilhação sofrida fez com que servidores públicos procurassem o jornal eletrônico Rondoniaovivo e falassem sobre o fato desde que seus nomes não fossem divulgados.
 
Segue abaixo a matéria:
 
O governo do Estado de Rondônia, aparentemente, trabalha com dois pesos e duas medidas. Ao mesmo tempo em que alardeia a necessidade de devolver e manter os professores do quadro em sala de aula mantém um profissional recém aprovado em concurso público, ou seja, ainda em estágio probatório (período de experiência para quem assume contrato estatutário) em cargo de confiança.
 
O curioso desse caso é que servidores públicos em período de avaliação não podem, de forma alguma, ser removidos, relotados, cedidos, emprestados ou qualquer outro tipo de afastamento do local para o qual foi lotado.
 
Ao mesmo tempo em que a nova secretária de Estado da Educação, Profª. Isabel de Fátima Luz, promove uma verdadeira caça aos professores considerados por ela com “enconstados” e os devolveu para as salas de aula, pôs a frente da Coordenadoria de Esporte e Cultura (CEC) da SEDUC, o recém contratado professor de Educação Física, Ítalo Rodrigo Soares Aguiar Reis, conforme pode ser constatado no Diário Oficial do Estado de Rondônia (DOE), página 26 e com data de 08 de abril de 2011.
 
A primeira incumbência do novo administrador da Coordenadoria foi devolver às escolas de todo o Estado qualquer professor lotado naquela repartição, o que os servidores entenderam como um contra-senso e uma afronta direta a sua condição de trabalhadores na Educação há décadas e que cumpriam sua jornada de trabalho diariamente naquele setor sem deixar de comparecer às atividades profissionais.
 
O que mais revoltou os servidores de carreira que já prestam serviço para o Estado há muitos anos, foi o fato de o comunicado da devolução ter sido feito pelo professor que Educação Física que, por Lei, nem poderia estar fora de sala de aula.
 
Ítalo não tem nenhuma nomeação oficial, porém, é atualmente quem responde pela CEC. E agora, questionam os trabalhadores, ele permanecerá fora de sala de aula, pior, a Lei será aplicada, porque nesse caso ele teria que ser afastado do Serviço Público.
 
Em um outro momento o nomeado do governador devolveu um outro servidor, motivo: o mesmo havia sido contratado em 2009, portanto, cumprindo estágio probatório, assim como quem indicou sua devolução para a escola. Isso comprovaria a tendência do executivo estadual em adotar dois pesos e duas medidas, pelo menos nas questões relacionadas o funcionalismo público.
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