Discutir o desenvolvimento de Rondônia e seus diferentes impactos regionais. Essa é a proposta da palestra “A visão institucionalista de desigualdade regional em Rondônia”, proferida pelo professor da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Fábio Robson Casara Cavalcante, quinta-feira [27] à noite a estudantes, professores e empresários.
A palestra ocorreu no auditório da sede do Sebrae/RO, em Porto Velho, e contou com a presença da presidenta do conselho deliberativo da instituição, Joana Joanora das Neves. Segundo Fábio Robson, a desigualdade ocorrem apesar de as instituições serem as mesmas nas diferentes regiões.
“A preocupação é mostrar porque as regiões foram impactadas de forma diferente, apesar de os locais terem as mesmas instituições”. Ele citou como exemplo municípios mais antigos, “surgidos a partir da criação do antigo Território Federal de Rondônia, serem mais atrasados, criando barreiras à cooperação e ao empreendedorismo”.
Exemplo é Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, que não teve, diz o estudo do professor Fábio Robson, “o mesmo dinamismo social e econômico como os municípios que vieram bem depois, a partir do eixo da rodovia BR 364, e muito menos que a capital Porto Velho”.
Segundo ele, a BR-364 e a ferrovia Madeira-Mamoré, Fábio explica: “no auge da ferrovia, importante fator econômico, havia apenas dois municípios: Porto Velho e Guajará-Mirim. Depois, a rodovia gerou os demais municípios, com vocação e desempenho diferentes, embora neles também tenham forte pressão o extrativismo e a agropecuária”.
Fábio diz que só o somatório de esforços empreendedores e institucionais com inclusão social podem diminuir as desigualdades em RO.
A falta de incentivo e financiamento às pesquisas de estudos socioeconômicos em Rondônia também foi discutida na palestra.