FALTA DE ÁGUA – Problemas entre CAERD e Santo Antonio prejudicam abastecimento na capital - FOTOS

A divulgação de uma nota da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD) deixou a população de Porto Velho em estado de alerta.

Da Redação

06 de Agosto de 2012 às 14:36

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FALTA DE ÁGUA – Problemas entre CAERD e Santo Antonio prejudicam abastecimento na capital - FOTOS

Foto: Divulgação

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A divulgação de uma nota da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD) deixou a população de Porto Velho em estado de alerta. Esclarecia a nota que os moradores que dependem do abastecimento pelo sistema principal (entre a Avenida Farqhar, região central, e Avenida Guaporé, zona Leste) que economizassem água devido ao nível muito baixo do Rio Madeira no seu ponto de captação.

A nota aponta como origem desse problema “devido interferências externas”, o que acabava ocasionando prejuízos no abastecimento.

Coincidentemente um artigo divulgado no Facebook, assinado pelo acadêmico de Arqueologia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Manuel João Madeira Coelho, já apontava que esse problema se tornaria uma agravante sem precedente em Porto Velho, pois de acordo com seu estudo, já no ano de 2000 a água que era captada do Igarapé Bate-Estaca para tratamento na CAERD, situada na estrada do Santo Antônio, no Km 4, não era o suficiente para atender a demanda da população devido ao aumento populacional da cidade, o que na época fez com que a empresa instalasse em Santo Antônio uma nova fonte de captação. O detalhe é que com isso havia abundância de água.

Ainda em 2010 o pesquisador constatou que antes do enrocamento do rio pela UHE Santo Antônio estava indo bem de acordo com observações no leito/várzea.

No sábado passado (04), no entanto tudo mudou, pois o que antes era algo normal acabou se transformando em um problema, pois com as obras da Usina de Santo Antônio, as margens dos Rio Madeira mudaram drasticamente, fazendo com que mudasse sua calha, inclusive a velocidade das águas, com os constantes enrocamentos, diminuiu-se o espaço entre margens, eliminando as Baias onde o rio se espalhava e acabava repousando suas águas.

Aponta o estudo de Manoel que: “(...) Da Captação da Caerd e até pelo menos 400 metros ao Norte, se podem ver enormes desbarrancamentos das rochas colocadas pela UHE direto no Rio Madeira... E aí mais Rocha e mais Rocha. Se podem ver enormes rachaduras ou brechas no solo do enrocamento, como se tivesse havido um grande terremoto, anúncio de novos deslizamentos (...).”

Conforme a nota divulgada pela CAERD o abastecimento de água potável à população já está comprometida e cabe a empresa tomar urgentes providências para captar a água do Rio Madeira.

Consta que, no entanto, no sábado (04) ainda, funcionários da UHE Santo Antônio, corriam contra o tempo para instalar provisioriamente em um novo lugar a nova captação de água, com a reunião de dezenas de canos e tubos, conferindo cerca de 300 metros a Norte, conectados a flutuantes, que estão instalados na margem bem em frente do local onde fica o antigo Cemitério de Santo Antônio.

Vale ressaltar ainda que existe o perigo que há alguns meses apavorou famílias ribeirinhas e obrigou a providência da Defesa Civil em vista das mudanças que ocorreram no Rio Madeira, com novos desbarrancamentos de grandes faixas de enrocamento colocado pela UHE Santo Antônio. O pesquisador notou que existe grandes paredões criados pelo desabamento e grandes brechas, anunciando novos deslizamentos de rochas.

Ainda sobre o abastecimento de água, o autor cita em seu artigo o apontamento da engenheira e diretora técnica da CAERD, Débora Reis, que em nota diz (veja AQUI):

“Entretanto, ela ressalta que o único meio de solucionar o problema de forma completa é o término da obra de ampliação do sistema de abastecimento de água de Porto Velho, que está sendo realizado por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá capacidade de fornecer mil litros de água por segundo.”

“... a água vai passar pela nova estação de tratamento que está em processo de conclusão. Esperamos que fique pronta até o início de 2013”.

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