Onde anda?
Desde que conseguiu receber quase R$ 4 milhões dos famosos “precatórios do Sintero” de forma mágica, a advogada Elisiane de Lisieux Ferreira simplesmente desapareceu. Em seu cadastro na OAB constava o endereço de seu escritório na rua José Bonifácio, 1443. Após o golpe, um grupo de advogados que trabalha nesse endereço divulgou nota informando que desde 2007 ela não estava mais lá, tendo se mudado nessa época. No TRT ela havia dado como endereço a rua Teófilo Marinho, 3800, no bairro São João Bosco. Já foi notificada por editais, mas até hoje não apareceu.
Mistério
Elisiane de Lisieux Ferreira é apontada como uma espécie de “gênio do mal”. Mas o buraco é mais embaixo. E muito mais. Aprovada no exame da Ordem em 2005, filha de um ex-promotor de Justiça, a moça transitou pelas diversas esferas do judiciário. Atuou em poucos casos, alguns na área criminal e alguns poucos na área trabalhista e cível. Mas tem um detalhe que chama a atenção, bem se sabe que quando se trata de roubar tanto dinheiro, ninguém age sozinho. Que o diga Vulmar Coelho, desembargador afastado do Tribunal Regional do Trabalho que acusou publicamente a juíza Isabel Carla de Mello Moura Piacentini de ter “facilitado” os pagamentos fraudulentos.
Vulmar
Que era corregedor na época disse que começou a investigar os estranhos pagamentos feitos pela magistrada, mas foi reprovado por seus pares. De acordo com o desembargador, “são todos amigos e comensais, colegas de viagens particulares e parentes por afinidade dessa magistrada, e portanto não querem de maneira alguma que o caso siga adiante”.
Como foi
Em 17 de junho de 2011, a neta de uma servidora da educação participou de uma audiência na justiça do trabalho. Na sala estavam além da moça, o secretário de assuntos jurídicos do Sintero, Nereu Klosinsky e advogada Waldeneide Câmara de Mesquita, na sessão presidida pela juíza Isabel Carla. A magistrada havia recebido da secretaria do TRT a informação de que a avó da moça que ali estava, não poderia ter assinado uma procuração para a advogada Elisiane de Lisieux Ferreira em fevereiro de 2010, por que antes daquela data a avó havia sofrido um AVC, estando impossibilitada de realizar qualquer tipo de negócio.
Ocorre
Que até aquele momento, já haviam sido liberados quase R$ 3,8 milhões para a advogada, que havia apresentado no TRT cerca de 70 procurações de servidores do Sintero, sendo que destas, 56 já haviam sido pagas. Além do fato da advogada ter conseguido liberar uma pequena fortuna sem qualquer tipo de problema, a relação de nomes de beneficiários encaminhada ao Banco do Brasil continha identidades falsas e número de CPF errado. Uma sequência de falhas impossíveis de explicar, ainda mais envolvendo quantias tão altas.
Interessante
Que na mesma audiência, tentaram falar com a advogada Elisiane por telefone. Uma moça que se identificou por “Márcia” disse que ela estava em sala de aula, portanto não poderia atender ao telefone.
Perguntas
Se a juíza Isabel Carla já sabia da fraude, por que não acionou a polícia e determinou a prisão imediata da criminosa? Por que a secretaria geral do TRT não adotou providências imediatas tão logo tomou conhecimento da fraude? Como, uma ação que se arrasta há 20 anos, cujos protagonistas envolvidos são todos conhecidos, cairia nas mãos de uma advogada novata, cuja experiência e trânsito eram tão limitados?
Laranjal
Todos os indícios apontam para um sofisticado esquema envolvendo muito mais gente que apenas a advogada Elisiane de Lisieux Ferreira. É praticamente impossível uma pessoa desconhecida como ela roubar tanto dinheiro sozinha. Ela teve cúmplices e deve ter levado uma boa parte desse dinheiro. A Polícia Federal e o próprio CNJ estão avaliando todos os pormenores desse caso e certamente mais gente vai ser afastada e vem busca e apreensões por aí, é só aguardar.
Absolvido
O deputado estadual Luiz Claúdio (PTN) foi absolvido por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral nesta segunda-feira. Ele havia sido acusado de abuso de poder na ação de investigação da justiça eleitoral, acusado de ter feito promoção de sua candidatura por meio de cursos profissionalizantes oferecidos pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e também distribuição de maquinários agrícolas em Rolim de Moura. A ação contra Luiz Claudio, que foi representado pelo advogado Nelson Canedo, foi julgada improcedente.
Ele já sabia
O ex-deputado Miguel Sena Filho (PP) não pode concorrer no pleito por constar na lista negra do Tribunal de Contas da União (TCU). O caso refere-se a irregularidades constadas quando Miguel Sena era secretário da Saúde, ainda em 2003, quando não devolveu recursos para a conta do tesouro.
Esqueceram
O jornal Estadão de São Paulo classificou como “exemplo mais escabroso no Senado” o fato de Ivo Cassol ter se licenciado e assumido seu pai, Reditário Cassol como suplente. Mas o jornal esqueceu de mencionar que tal pai, tal filho também é o caso de Acir Gurgacz, que tem como suplente o pai, Assis Gurgacz, que assumiu a vaga no último dia 04. O jornal se refere aos suplentes como “sem votos”, mas tanto Acir quanto Assis não foram eleitos. Eles assumiram após a saída de Expedito Júnior. A diferença entre eles foi de mais de 60 mil votos.
Mais velho
Jurandir Soares da Silva, de 93 anos de idade é o candidato mais velho de Rondônia. Ele registrou sua candidatura em Rio Crespo (próximo a Ariquemes).
Mais nova
Em Rolim de Moura, Ana Paula Gusmão Ribeiro disputa uma cadeira na Câmara no “alto” de seus 17 anos.
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EUA aprovam uso de remédio que previne infecção pelo vírus HIV
A droga, chamado Truvada, poderá ser usado por pessoas classificadas em grupos de risco ou que mantenham relações sexuais com parceiros soropositivos. Um estudo de 2010 mostrou que o remédio diminui entre 44% e 73% o risco de contágio pela Aids. Críticos do medicamento dizem que ele poderá criar uma falsa sensação de segurança em relação à Aids. O governo dos EUA afirmou que o Truvada deverá ser usado inserido em "um plano amplo de prevenção do HIV, que inclui o uso de preservativos e de exames de detecção do vírus.