Os sindicatos dos trabalhadores em todos os setores públicos do Estado de Rondônia estão mobilizados juntamente com os governos estadual e municipais, para o que pode ser considerada a maior batalha desde maio de 2004, quando teve início o movimento pró transposição dos servidores estaduais de Rondônia admitidos até 1991 para os quadros da União.
Dia 13 de junho, pelo menos mil servidores, parlamentares, presidentes de câmaras de todos os 52 municípios, bem como prefeitos, além do governador Confúcio Moura, secretários de Estado, representantes do Tribunal de Contas, Ministério Público e os deputados estaduais em sua totalidade deverão estar em Brasília para participar de uma mobilização nacional para definir junto ao governo federal a efetivação da transposição, que no momento é considerado o maior projeto político, econômico e social de Rondônia.
Uma reunião ocorrida na quarta-feira (30), no auditório do Palácio Getúlio Vargas, definiu as formas de atuação do Estado e seus aliados, para reunirem-se com a ministra Mirian Belchior, do Planejamento, no dia 13. Além dos sindicalistas estiveram na reunião o secretário chefe da Casa Civil, Juscelino Amaral e o secretário de Finanças, Benedito Alves e o da Administração, Rui Vieira.
Serão vinte ônibus para levar a caravana à Brasília. O Executivo está viabilizando o remanejamento de recursos para a Assembléia Legislativa, a fim de que possa custear despesas de alimentação, transporte e hospedagem. A saída está marcada para o dia 9 e deverão permanecer acampados até o dia 16. O objetivo é que o governo federal publique a tão esperada Instrução Normativa que finalmente vai solucionar a transposição de cerca de 22 mil servidores que deixarão os quadros do Estado.
Usinas
Se a mobilização em Brasília não surtir o efeito esperado, já está sendo programado para o dia 28 de junho um novo movimento, que será o fechamento dos acessos as duas usinas hidrelétricas, a de Jirau e Santo Antonio. Segundo o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, as usinas são as meninas dos olhos da presidenta Dilma Rousseff e ela está planejando retornar ao Estado para a inauguração e tanto ele, como os demais apostam que a presidenta não gostaria de estar em débito com o Rondônia.
Lideranças sindicais e representantes do governo dizem que o que se espera mesmo é que a mobilização na capital federal se transforme em uma grande festa comemorativa para o Rondônia, com o fim do impasse da questão transposição.