A ausência do Secretário de Estado da Saúde, Giovan Ramos de Almeida e dos diretores do Hospital de Base, Jean Negreiros e Pronto Socorro João Paulo II, Carlos Alberto Caieiro, causou descontentamento entre os vereadores da Câmara Municipal de Porto Velho, na audiência pública realizada nesta terça-feira (08).
Os vereadores da casa queriam esclarecimento, discutir e apresentar propostas que possam tirar da UTI o setor que se encontra em coma profundo. “Independente de quem seja responsável Estado ou Município, devemos buscar soluções. Esse é um momento de esclarecimento, senão estão aqui é uma prova de falta de compromisso com a população de Rondônia”, enfatizou o vereador Mario Sergio, autor da proposta de trazer para discussão a situação da saúde.
Os vereadores Mariana Carvalho, Sid Orleans e Claúdio Carvalho que apoiam a iniciativa de Mario Sergio mostraram-se decepcionados com a ausência dos representantes do Estado. “Uma audiência pública como essa, sem nenhum representante do Governo, maior envolvido na questão, fazer o que? Porque o município não é o problema. Basta verificar nos postos e policlínicas que a Prefeitura de Porto Velho está fazendo o dever de casa, aliás, até mais que isso”, declarou Sid Orleans.
O secretário municipal de saúde (Semusa), Williames Pimentel, e o adjunto (Semusa) Luis Carlos Maiorquin, além da promotora de justiça, Emília Oiye, do Ministério Público de Rondônia estiveram presentes na audiência pública.
O vereador Mario Sergio apresentou em plenário sugestões para desafogar o Hospital de Base e o João Paulo II e que refletirão na retirada de pacientes do chão dos corredores do Pronto Socorro, utilizando o Hospital do Câncer e uma das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) que estão em construção.
O parlamentar destacou a falta de material nos hospitais públicos do Estado, uma vez que essas unidades de saúde eram independentes para realizar as aquisições, e que hoje a responsabilidade passou a ser da Secretaria Estadual de Saúde. “Queremos que haja uma solução para a compra dos materiais hospitalares e que o Ministério Público do Estado possa acompanhar a aquisição desses materiais para dar celeridade ao serviço nos hospitais”, pediu Mario Sergio.
Um relatório da audiência pública com as propostas discutidas será entregue ao Governo do Estado para conhecimento, pedindo providências e prazo para resolver a situação caótica da saúde de Rondônia. ‘A Câmara não pode resolver, mas tem o direito de questionar e pedir providências, afinal estamos tratando de vidas e que merecem respeito e dignidade”, finalizou Mario Sergio.
Ao final da audiência foi definido entre os vereadores e a promotora de justiça Emília Oiye que uma reunião será agendada no Ministério Público com a presença de comissões da Câmara de vereadores, Assembléia Legislativa, Prefeitura e do Governo do Estado para tentar resgatar a saúde Porto Velho.