Como explicação possível para esta condição genética rara, os médicos apontam a possibilidade de se tratar de gémeos siameses. «Não é um bebé, na verdade são dois, sendo que um deles é prematuro», explicou o diretor do Instituto Nacional de Saúde Infantil de Karachi, no Paquistão.
O mesmo médico afirmou que a equipe estava planejando uma intervenção cirúrgica e que, para isso, deveria solicitar a colaboração de especialistas estrangeiros com mais experiência nesta doença rara.
Mas antes da operação, o médico disse: «é preciso descobrir até que ponto as pernas são mesmo deste bebé ou seriam do seu irmão gémeo», acrescentando que é preciso, primeiro, monitorar o desenvolvimento interno dos órgãos para não «diminuir as hipóteses da criança sobreviver».
Em um comunicado divulgado pelo próprio hospital, a equipe médica afirmou que já estava examinando o recém-nascido e que esperava encontrar «o tratamento necessário para salvar o bebé» e para lhe «assegurar uma vida normal».
O pai, Imran Sheikh, que vive a cerca de 400 quilómetros de distância da província de Kerachi, mostrou-se «profundamente grato» pelo Governo providenciar os cuidados médicos.
De acordo com um dos médicos responsáveis pelo caso, que não se quis identificar, a existência de mais de duas pernas resulta de uma mal formação genética que afeta apenas um em cada milhão (ou mais) de bebés.