Na pista
Foragido da justiça de Rondônia, respondendo a mais de 140 processos judiciais e com mandado de prisão expedido ano passado, o empresário Mário Calixto Filho, proprietário do jornal O Estadão, aparece em diversas gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Termópilas. São conversas longas, com seu sobrinho Mário André, que continua preso por envolvimento no esquema desbaratado final do ano passado pela PF.
Prisão
Em novembro de 2011 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o pedido de prisão do empresário de 61 anos, que vem conseguindo “dar um baile” nas autoridades. Em uma das conversas com o sobrinho, Calixto revela que esteve em Cuba, Estados Unidos, Panamá e naquele momento estava em Ji-Paraná. Mesmo com o mandado de prisão expedido, Calixto não foi preso pela Polícia Federal na Operação Termópilas.
Negócios locais
Mário Calixto pergunta a seu sobrinho como estão os negócios no jornal O Estadão, que Mário André vinha gerenciando. O rapaz informa que Vicente Moura (Vicente Cambuquira – ex-coordenador de apoio da governadoria) vem colocando dificuldades e acha muito dinheiro. Mário Calixto informa ao sobrinho que vai telefonar para Cambuquira. Mário André diz que “a média de faturamento para publicação de editais oficiais deveria ser de R$ 200 mil, mas estão sendo gastos R$ 50, R$ 60 mil”.
Senador
Em seguida Mário Calixto pergunta se seu sobrinho “conversou com Acir” (senador Acir Gurgacz –PDT) sobre determinado negócio. Mário André diz que foi até lá para conversar mas a mulher de Acir estava na sala, “ela estava ao lado dele tio, vi que ele estava meio estranho então nem entrei no assunto” e reafirma, “quando ela está perto não dá para falar com ele”. O “negócio” não fica claro na gravação, conforme áudio abaixo.
Negócios internacionais
A conversa entre tio e sobrinho dura cerca de 30 minutos e eles conversam sobre diversos temas, Mário Calixto conta a Mário André que está abrindo portas em diversos países, que esteve em Cuba e Panamá e vem trabalhando no investimento do garimpo de cassiterita. Calixto também pergunta ao sobrinho sobre o “vigarista do Lindomar”, mas não fica claro quem é essa pessoa.
Gerenciando
Pelo tom da conversa, percebe-se que Mário Calixto, apesar da condição de foragido, está bem atualizado dos assuntos empresariais da família em Rondônia. Ele também informa ao sobrinho que vai viajar para Santa Catarina onde possui apartamento. O proprietário do jornal O Estadão também comenta com o sobrinho sobre a situação de um home chamado de “vagabundo do Manoel Neto” por Mário Calixto, que segundo ele, lhe deve R$ 420 mil. Calixto diz ao sobrinho que “com esse cara tem que ir conversar acompanhado” e que eles precisam fazer “igual fizeram com o Ari” e Mário explica o modus operandi.
Devedor
De acordo com Mário Calixto, para receber uma dívida de Ari, ele colocou “três homens na porta, fuçando a vida do cara, descobrindo telefone celular da esposa, o CPF dela, e baixaram lá, ai ele se mexeu, entendeu?”, disse Calixto.
Portanto
Como podemos perceber pela conversa, Mário Calixto continua desafiando a justiça em Rondônia e mantém relações empresariais inclusive com autoridades, como era o caso de Vicente Cambuquira e o senador Acir Gurgacz, cujo “negócio” com Mário Calixto precisaria ser, no mínimo, explicado.
Íntegra
A conversa tem aproximadamente 30 minutos. Logo nos primeiros dez minutos eles falam sobre os negócios em Rondônia, Vicente Cambuquira e Acir Gurgacz.
Caminhando
Na manhã desta sexta-feira, caminhava na Espaço Alternativo em Porto Velho o ex-senador Amir Lando, na companhia de um grupo. Em determinado momento Amir pergunta “e o governo, o que vocês estão achando?” Alguns começam a criticar e um deles chega a citar o nome de Juscelino Amaral, atual chefe da Casa Civil. Como resposta, todos passaram a fazer a mesma afirmação, “Juscelino não serve para o cargo”, outro disse “para a função tinha que ser alguém como o Orestes Muniz” e um terceiro completou, “melhor se fosse o Amir Lando”.
Guilhotina
Falando em Juscelino Amaral, ele mal tomou posse e já andou pedindo cabeça de gente dentro do governo. Confúcio, como sempre com a tranqüilidade que lhe é peculiar, apenas respondeu, “calma Juscelino, cuide dos prefeitos e da Casa Civil, pode deixar que o resto eu resolvo”. Por enquanto a cabeça continua em cima do pescoço. Resta saber se Juscelino se conformará com a resposta obtida.
Posse
Desde a manhã desta sexta-feira Rondônia tem um novo deputado estadual. Foi empossado Kaká Mendonça, na vaga de Valter Araújo, deputado afastado e que encontra-se foragido da justiça após ter tido sua prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça. Kaká assume seu quarto mandato, perdendo apenas para Marcos Donadon, que já está na quinta legislatura. A posse foi no gabinete da presidência e contou com a presença dos deputados Hermínio Coelho e Maurão de Carvalho.
Agressão
O filho do ex-vice governador Aparício Carvalho, Maurício Carvalho foi brutalmente espancado no interior de uma boate após uma briga em que ele nada tinha a ver. O jovem recebeu diversos chutes na cabeça que causaram um traumatismo craniano. Ele chegou a entrar em coma, mas já se recupera. Maurício é irmão da vereadora de Porto Velho Mariana Carvalho.
Irregular
E a Eucatur, empresa pertencente à família do senador Acir Gurgacz vem operando irregularmente linhas interestaduais, de acordo com o Ministério Público Federal que abriu inquérito para apurar as irregularidades. As linhas em questão seriam Porto Velho/RO - Brasília/DF, Porto Velho/RO - Alta Floresta/MT e Porto Velho/RO - São Paulo/SP. O MPF encaminhou ofício a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, para apurar se a Eucatur possui concessão para operar nesses trechos.
Expectativa
Políticos de todo o país aguardam ansiosos a definição da lei do ficha limpa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns pontos precisam ser finalizados e principalmente a validade da norma para as eleições deste ano. Claro que muitos têm um plano “b” como lançar a candidatura de filhos e esposas. A sociedade também observa atenta.
Crise
Após participar da reunião do Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça, realizada em Teresina, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Ricardo Sartori, disse que vai impetrar uma ação junto ao STF para que a corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Eliana Calmon, diga os nomes dos desembargadores ou funcionários que estejam respondendo por 13 procedimentos para apurar irregularidades. No início do mês, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que 369 juízes e servidores de tribunais movimentaram R$ 855,7 milhões entre 2000 e 2010 de forma atípica - ou seja, sem explicação imediata para a origem do dinheiro. Segundo o documento, 1.016 integrantes do Judiciário operaram R$ 274,9 milhões em espécie entre 2003 e 2010. Essa conversa ainda vai longe.
Elas sofrem mais
A ciência está comprovando o que milênios de experiência já indicavam: as mulheres sentem mais dor do que homens. Há muito se sabe que certas condições relacionadas com a dor, como fibromialgia, enxaqueca e síndrome do intestino irritável, são mais comuns em mulheres do que em homens. E a dor crônica após o parto é surpreendentemente comum. É o que revela pesquisa do Instituto de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA. Segundo os pesquisadores do instituto 18% das mulheres que passam por cesariana e 10% das que têm partos naturais continuam sentindo dor um ano depois.A pesquisa da Universidade de Stanford sugere que mesmo quando homens e mulheres têm a mesma doença _ quer se trate de um problema nas costas, de artrite ou uma infecção do sinus - as mulheres parecem sofrer mais com a dor.
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