Presidente do Conselho Nacional do SESI participa de aula inaugural do projeto ViraVida

Presidente do Conselho Nacional do SESI participa de aula inaugural do projeto ViraVida em Porto Velho

Desenvolvido pelo Conselho Nacional do SESI, o projeto visa o enfrentamento à exploração sexual de jovens e adolescestes de 16 a 21 anos com oferta de formação profissional e inserção no mercado de trabalho. A aula inaugural dos cursos de Auxiliar Administrativo e de Montador de Estruturas Metálicas da primeira turma de Porto Velho, formada por 40 jovens, acontece nesta quinta-feira, 4 de agosto, às 15h, no auditório do Ministério Público Estadual (MP/RO).

Iniciado há dois anos, o Projeto ViraVida já beneficia mais de 1500 jovens, das dez localidades onde já está implantado no Brasil, sempre com o apoio de entidades do Sistema “S”, organizações governamentais, não governamentais, empresas públicas e privadas, instituições sociais e religiosas.

Em parceria com o Sistema “S”, o projeto garante atendimento integral aos alunos, incluindo tratamento médico, odontológico, laboratorial, orientação jurídica, obtenção de documentos pessoais e atendimento psicossocial – extensivo às famílias. Para harmonizar as relações no ambiente escolar, professores e alunos do projeto constroem um acordo de convivência, cujas regras visam fortalecer a interação e a integração socioeducativa.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional do SESI e idealizador do projeto, Jair Meneguelli um dos aspectos mais destacados do Projeto ViraVida – o desafio de assegurar a inserção dos alunos concluintes no mercado de trabalho – levou o Conselho Nacional do SESI a realizar grandes esforços de sensibilização e envolvimento do empresariado brasileiro. “Para isso, tem contado com a qualidade do ensino profissionalizante do Sistema “S” e do acompanhamento de egressos dos cursos durante o primeiro ano de inserção no mercado de trabalho”, afirma.

Meneguelli lembra que o projeto está alinhado ao Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-juvenil. Atualmente o Projeto está em desenvolvimento nas cidades de Fortaleza, Recife, Natal, Belém, Brasília, Salvador, Teresina, João Pessoa, Campina Grande, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Rio de Janeiro e Porto Velho.

O ViraVida foi premiado como uma das 50 melhores práticas em atuação no País e pode ser considerado uma ação específica de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. O Conselho Nacional do SESI está implantando o projeto nas cidades de São Luís, Aracaju e Porto Alegre. E deverá chegar, ainda no segundo semestre de 2011, em Campo Grande e também nas demais cidades-sede da Copa do Mundo de 2014: Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e São Paulo.

O evento vai contar com a presença do presidente do Sistema FIERO, Denis Baú, do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, do superintendente do SESI/RO, Celso Zanelatto, e dos diretores do Sistema “S”, coordenação Estadual do projeto, alunos e familiares, entre outros convidados e autoridades locais.

O presidente Denis Baú disse que o ViraVida é um projeto desafiador para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. “O projeto surge tendo como proposta de uma nova perspectiva de futuro aos jovens e adolescentes. A sociedade não pode fechar os olhos aos mais de 2,5 milhões de pessoas no mundo que vivem sob servidão sexual. Nós do Sistema FIERO acreditamos que eles têm potencial e por meio do SESI e SENAI estamos dispostos a transpor soluções de profissionalização e inserção dessa parcela da juventude no mercado de trabalho”, ressaltou.

No ponto de vista do presidente, o Sistema FIERO pode ajudar a promover a verdadeira transformação no comportamento dos participantes dessa realidade que assola, principalmente, o país. “Defendemos a construção coletiva desse projeto para a recuperação de valores, resgate de vínculos familiares e elevação da autoestima desses jovens”. Baú finalizou dizendo que “a nossa indignação tem que ser transformada em determinação para revertemos em ações concretas – o Vira Vida sendo uma delas – que erradiquem essa violação dos direitos dos adolescentes”.