Polícia Civil de Guajará-Mirim prende foragido da Justiça condenado a 432 anos de prisão

Da Redação

05 de Julho de 2011 às 08:53

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Polícia Civil de Guajará-Mirim prende foragido da Justiça condenado a 432 anos de prisão

Foto: Divulgação

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O Grupo Integrado da Polícia Civil (SEVIC, DENARC e Núcleo de Inteligência) de Guajará-Mirim, através de intensa investigação conseguiu prender José Raimundo Tavares da Costa, de 37 anos, vulgo “Zé Galinha” que estava foragido do sistema prisional.

Os policiais receberam a informação que o foragido estaria num veículo modelo Celta de cor preta, que era conduzido por Aldair José, de 27 anos, vulgo “Neguinho”, durante a noite de domingo (03). Os policiais intensificaram as buscas pelas ruas da cidade e por volta das 21h30min, depararam-se com o veículo na Avenida Bandeirantes, no bairro Liberdade.

Quando o veículo foi abordado, o motorista Aldair tentou empreender fuga, sendo necessário um disparo de arma de fogo para advertir o mesmo. “Zé Galinha” que estava no carro, ao perceber o cerco policial, saiu correndo a pé adentrando em quitais. No momento da fuga se lesionou em um arame utilizado para varal e foi detido pelos policiais.

Na revista, foram localizados no bolsa da calça de “Zé Galinha” 10 cartuchos intactos de calibre 9mm. No interior do veículo, os policiais localizaram uma paranga de substância entorpecente, duas armas de fogo, sendo uma pistola .380 com uma munição na agulha e 11 munições no carregador e uma pistola 9mm com uma munição na agulha e 9 munições no carregador que estavam no banco do passageiro e no assoalho do veículo.

Na carteira porta cédula de “Zé Galinha” havia uma cédula de identidade em nome de José Maia Neves com a fotografia do foragido. Policiais militares ao ouvirem o disparo foram averiguar o fato e acompanharam a prisão do foragido.

Zé Galinha foi flagranteado por posse ilegal de arma pela delegada Márcia Maria Krause Romero Maia e foi conduzido ao presídio, onde se encontra a disposição da Justiça. Aldair, foi ouvido e liberado.

Condenação por Mortes no Urso Branco – 432 anos.

José Raimundo Tavares da Costa (Zé Galinha) foi condenado a 432 anos pelo envolvimento nas 27 mortes ocorridas no interior do presídio Urso Branco, em Porto Velho. A sentença foi lida pelo juiz Aldemir de Oliveira, titular do 2º Tribunal do Júri, no dia 21 de fevereiro de 2011. A pena-base foi fixada em 16 anos, que multiplicados pelo número de vítimas, resultaram em mais de 400 anos de pena.

O conselho de sentença, formado por sete jurados, decidiu que estava comprovado que as vítimas foram golpeadas por facas artesanais dentro do presídio em janeiro de 2002, após uma tentativa de fuga frustrada. Também disseram sim à indagação sobre se esses golpes foram a causa das mortes. Com a resposta ao terceiro e decisivo quesito, sobre a autoria, afastou-se a tese de defesa e Zé Galinha foi considerado culpado por participação nas mortes. Por fim, o emprego de meio cruel também foi reconhecido pelos jurados, pois além de torturados, os presos foram golpeados em regiões não vitais, com o intuito de causar ainda mais sofrimento.

Como Zé Galinha estava foragido, a sentença também era para o mandado de prisão ao réu, que fugiu do presídio de Nova Mamoré antes da realização do júri. Ele foi defendido por Magnum de Oliveira, da Defensoria Pública; e a acusação feita pelos promotores de Justiça Leandro Gandolfo e Marcelo Guidio.

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