Mais um golpe de estelionato covarde foi aplicado em alguns moradores de Rondônia. Uma pilantragem aplicada por empresários do ramo da construção civil que chegaram a Porto Velho juntamente com as obras da Usina do Rio Madeira. Um esquema que envolveu a Caixa Econômica Federal e duas conceituadas imobiliárias.
Em maio de 2010, com a proximidade do término das obras de construção da Nova Mutum no distrito de Jacy Paraná, a BS Construtora lançou um empreendimento residencial na capital, com grande alarde publicitário. O condomínio Vila Porto Madeira teria 500 casas, pré- fabricadas e de acordo com portfólio “bons ventos começavam a soprar”.
Porém a empresa supostamente faliu e transformou o projeto da casa própria de pessoas trabalhadoras em pesadelo. Atualmente para chegar onde seria o condomínio dos “sonhos”, o comprador trafega numa estrada de terra com muita lama nas proximidades de uma fábrica de refrigerantes na zona sul da capital.
Vale lembrar que a referida empresa também estava construindo as UPAs – Unidades de Pronto Atendimento que viriam a desafogar o caótico sistema de saúde de Porto Velho.( saiba mais)
Entre os lesados pelos golpistas está o administrador Alessandro Freitas que induzido pela mídia e acreditando nos parceiros do empreendimento que estampava a logomarca da Caixa Econômica e Governo Federal através do projeto Minha Casa, Minha Vida, acabou comprando a casa na Flaezio Lima – Negócios Imobiliários.
Na referida imobiliária, Alessandro assinou um contrato pagando de honorários pela intermediação do negocio o montante de R$ 1.853,64 em três cheques pré-datados. Todos foram devidamente compensados. Para a BS Construtora, até o sumiço da empreteira, Alessandro pagou cinco parcelas em boleto bancários de R$ 199,00 cada.
Com o desaparecimento da BS Construtora de Porto Velho, o administrador iniciou uma “via-crucis” em busca de recuperar seu capital.
Alessandro procurou a Imobiliária Flaezio Lima onde afirmaram que a empresa apenas intermediou a venda das casas e que possivelmente a Caixa Econômica Federal poderia assumir e que nenhum comprador seria prejudicado. Não é o que parece.
O administrador em ato contínuo foi a CEF, onde foi informado que o comprador deveria ter se cercado de cuidados e buscado a Caixa para saber se o empreendimento era “assegurado” pelo banco. Neste caso especifico da BS Construtora, o condomínio Vila Porto Madeira não atende as determinações do Projeto “Minha Casa, Minha Vida”, que prevê atualmente que a área não possui a infra-estrutura exigida dentro do programa. Ou seja, a CEF “pulou fora” do golpe, deixando os consumidores a “ver navios”.
Sentindo-se lesado e não tendo mais a quem recorrer, Alessandro registrou uma ocorrência policial na delegacia especializada ao consumidor com o nº 0410/2011. Também enviou relatório do caso ao Procon e ouvidoria geral do estado.
“Quero ser ressarcido do meu prejuízo, tanto pela imobiliária que é co-responsável e pela BS Construtora. Venderam-me meu sonho da casa própria e hoje vivo um pesadelo. Um empurra para o outro e ninguém é homem para assumir a responsabilidade da transação imobiliária” disse Alessandro.
Durante a apuração da reportagem, o Rondoniaovivo ligou para um corretor da Flaezio Lima, de prenome Fabricio que afirmou que ele mesmo tinha uma casa deste empreendimento para vender o ágio ( 10 mil reais) e que não existe problema, já que a BS está reabrindo as portas e retomando o projeto.