As obras dos viadutos em Porto Velho estão paralisadas. Isto não é novidade para ninguém. Até um comercial de Rádio e TV alerta a população da "parada" da obra por parte do município. A alegação é de que a empresa construtora, a Camter Engenharia teria simplesmente abandonado a obra por ter “falido”.
Porém, quem passa pelo local, além do trânsito caótico ao lado dos esqueletos de concreto, agora tem mais um motivo para desacreditar no poder público. Toda a extensão da obra na Br 364 está com um mato alto, provocando falta de visibilidade para o motorista e colocando o pedestre para caminhar em plena via pública.
Os comerciantes do entorno estão indignados. Além do transtorno causado pela obra, ficam expostos a ação de marginais, que se utilizam do local para consumo de entorpecente. A limpeza com roçadeiras seria uma opção para amenizar o problema de quem já convive com o “esqueleto” de concreto há alguns anos e vai continuar sabe-se lá por quanto tempo.
BASTIDORES
Nos meios da construção civil, circula a informação que a obra teria problemas estruturais, além da nítida falta de planejamento, que não contemplou as desapropriações de residências e comércios das adjacências necessárias em tempo hábil.
Enquanto fica a celeuma, a sociedade civil organizada espera uma resposta do Ministério Público Federal que teria por missão fiscalizar a aplicação dos recursos federais, que chegaram a Porto Velho via PAC – Programa da Aceleração do Crescimento.
A “celeridade” das investigações do MPF dos recursos federais para a prefeitura petista é digna de registro. Em quase sete anos de mandato, nenhuma “matéria” enviada pelo órgão dá conta de abertura de procedimentos de investigação ou propositura de abertura de ação cível ou penal. Pelo jeito, somente a população está indignada pela suposta má aplicação de recursos federais. No MPF/RO está tudo certo, dentro da normalidade.