ALE, uma decepção! – Por Valdemir Caldas

Da Redação

03 de Abril de 2011 às 18:31

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ALE, uma decepção! – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Mais uma vez, a Assembléia Legislativa de Rondônia exagera e se coloca sob o fogo cruzado da opinião pública. Mais uma vez, o governador Confúcio Moura mandou e a ALE, genuflexo, obedeceu, aprovando a mensagem do executivo, que reajusta em quase vinte e oito por cento o salário dos secretários adjuntos. Depois, essa gente reclama quando a população, cansada de ser espoliado, arrebenta os grilhões e sai quebrando tudo que se encontra pela frente.

Num momento difícil pelo qual o estado atravessa, com sua gente mais humilde morrendo à míngua nos hospitais da rede pública e servidores comendo o pão que o diabo amassou, vivendo na corda bamba sem serem malabaristas, eis que a ALE decide, ao bel-prazer, engordar os já polpudos vencimentos de uma casta privilegiada.

A hora exige dos homens públicos responsabilidade, determinação, coragem e, principalmente, respeito à população. Todos precisam ter consciência dos seus deveres como cidadãos e procurar cumpri-los com dignidade. O instante não é para brincadeiras, tampouco para imposturas.

Estranhamente, os que aprovaram essa imoralidade, são os mesmos que assumiram aquele poder com ares de moralidade, de decência pública e de respeito às legítimas aspirações da sociedade. Há um ditado, segundo o qual, na briga do mar contra o rochedo, quem acaba levando a pior é o marisco, freqüentemente, lançado sobre as pedras. No jogo bruto de interesses entre executivo e legislativo, a corda acabou, mais uma vez, no pescoço do contribuinte rondoniense.

Com a vitória de Confúcio, esperava-se que a atividade política ganhasse um novo sentido. Que ele buscasse, com a sua experiência tanto no executivo quanto no legislativo, novas diretrizes administrativas, éticas, sociais e econômicas, no encaminhamento dos problemas cruciais contra os quais se debate a população. Ledo engano. Os fatos falam por si sós. Citá-los, porém, seriam desnecessários.

Toda forma de atividade política precisa está impregnada de critérios éticos. Vanilóquo, dentro da democracia, não passa de alienado, mesmo como brincalhão. Depois, quando são abatidos, nas urnas, muitos políticos apegam-se a teorias livrescas e acadêmicas para tentarem justificar o repúdio popular às suas indoutas pessoas.

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