Índios Karitiana e Karipuna aprendem gestão de associação

Índios karitiana e karipuna aprendem gestão de associação

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Foto: Divulgação

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Realizado pelo Sebrae, o curso é contrapartida realizado pelo Consórcio Santo Antônio Civil, construtor de hidrelétrica no rio Madeira

Aprender a explorar atividades econômicas e a desenvolver projetos de sustentabilidade como piscicultura e avicultura é a meta 19 índios das tribos Karitiana e Karipuna que participam de curso sobre gestão de associação desenvolvido pelo Sebrae em Porto Velho (RO).

Os dois grupos têm uma associação generalista que funcionam na Casa do Índio, na região norte de Porto Velho. Enquanto os Karitiana são em aproximadamente 400 homens, mulheres, jovens e crianças, os karipuna são 28 ao todo em sete famílias.

Embora com essa importante diferença populacional, tanto uma como a outra nação tem sobrevivido social e economicamente das culturas existentes nas aldeias, a exemplo da roça de farinha, além do plantio de macaxeira, abacaxi, melancia, laranja e banana.

Por enquanto, o único produto que gera renda para as etnias, principalmente a karipuna, é a farinha de mandioca – embora a maior parte destine-se para o próprio consumo.

Pensando em todos esses pontos sociais e econômicos, o Consórcio Santo Antônio Energia, responsável pela usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, para fortalecer e desenvolve a cultura associativista.

Por conta de um ermo de cooperação técnica, tanto os Karipuna como os Karitiana adquirem durante o curso, que acontece em sala de aula e estudos práticos na Casa do Índio, em Porto Velho, teoria e prática sobre gestão de Associação e Controle Financeiro, entre outras, acompanhados de consultorias.

A capacitação é orientada pelo consultor João Marcos Machado de França tanto em sala de aula do Sebrae como na Casa do Índio. São orientados sobre como identificar aspectos legais, a ter visão empresarial, funções administrativas, além de estudos sobre a estrutura de uma organização comercial.

Batiti Karipuna reconhece que “estamos aprendendo a elaborar projetos de piscicultura e avicultura no rio Jaci Paraná, onde vivemos basicamente da roça de farinha e do plantio de laranja, melancia e banana”. São sustentadas pelas atividades 28 pessoas em sete famílias.

Presidente da Associação do Povo Karitiana, Renato Karitiana explica que as 400 famílias vivem da produção de mixo, macaxeira, arroz, farinha e banana, culturas que garante o consumo inerno. “A partir do curso aprendemos a trabalhar com produtividade e monitoramento de projetos de sustentabilidade como a piscicultura, junto com a Emater”.

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