Faleceu o poeta Bolívar Marcelino
Foto: Divulgação
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O professor aposentado, poeta e membro fundador da Academia de Letras de Rondônia Bolívar Marcelino, faleceu na noite desta segunda-feira, 25, no hospital 9 de Julho, em Porto Velho, vítima de complicações diversas e seu corpo está sendo velado na funerária Dom Bosco.
Considerado por muitos como um dos grandes nomes da poesia rondoniense, Bolívar Marcelino nasceu em Natal (RN) e veio com os pais para Porto Velho em 1938. Desde cedo trabalhando para ajudar a família, ele fez seus primeiros estudos no então Grupo Escolar Barão do Solimões, concluindo o ginásio e o colegial (atual Ensino Médio) no colégio Dom Bosco, de onde depois foi professor.
Formado em Ciências Contábeis pela Escola Estudo e Trabalho, também fez os cursos de Letras e Estudos Sociais pela Universidade Federal do Pará, pós-graduado pela UNIR em História e Geografia e bacharelou-se também pela UNIR em Direito, inscrito com número 505 na seccional da OAB.
Colaborador em vários jornais da capital, Bolívar Marcelino atuou durante sete anos na Defensoria Pública rondoniense e foi professor da UNIR nas áreas de Português e Literatura Brasileira.
Membro fundador da Academia de Letras de Rondônia onde ocupava a cadeira número 5, cujo patrono é o poeta Antonio Tavernard, Bolívar Marcelino era também pesquisador da Amazônia, autor de vários trabalhos acadêmicos, como a monografia ?Da Revolução Acreana à construção da Madeira – Mamoré-.
Poeta regionalista, retratou em sua obra a vida do seringueiro, o canto do Uirapuru, a enchente do Rio-Mar, a beleza da Vitória Régia, o drama da Madeira-Mamoré e a paisagem amazônica. Do seu conhecimento e paixão pelas lendas amazônicas, citamos a Mãe-D’água e o Caboclo Tapuia. Ainda levado pelo senso/regional escreveu o ensaio A Influência de Rondon no Território Federal de Rondônia com o qual mereceu o 1º prêmio no concurso realizado pela imprensa local.
Dentre outras obras de sua lavra, encontram-se “Tarde de Verão”, “Folhas do Outono”, “Chuvas de Inverno”, “Ensaio sobre o poeta Antonio Tavernard” e “Rosas da Primavera”.
Mereceu da também acadêmica da ACLER Eunice Bueno o ensaio “Bolívar Marcelino, 10 anos de poesia como arte” e, dele, diz a autora: “Bolívar, certamente, será lido, estudado e permanecerá no cenário das Letras rondonienses como o Poeta Professor que faz a poesia-arte como instrumento de seu mais puro talento”.
Texto de Lúcio Albuquerque
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