O termo "brincadeira" para designar o crime de forma jocosa, pode até ser mal interpretado por muitas pessoas, principalmente aquelas que, de alguma forma já sofreram ou sofrem nas mãos dos bandidos, que sob a proteção da legislação vigente, e com a turma dos direitos humanos, fazem o que bem entendem, com todos nós.
Mas, o banditismo, há muito vem se utilizando de uma ferramenta nova: a participação das crianças. Malandros utilizam menores de idade para praticar roubos pela cidade de Porto Velho
“isso aqui, convenhamos: é uma novidade. Atente só para o golpe: o menino de aproximadamente dez anos aborda a vítima, leva a carteira ou o pertence de valor, e em caso de abordagem da polícia ou da população, a surpresa: a vítima, no depoimento da criança, torna-se o opressor, acusado de tentativa de sedução de menores. O “malandro” no caso, o maior de idade, que instrui muito bem o menor a criar uma história, concomitantemente a uma atuação de cinema, acaba criando assim, uma atmosfera pesada, e troca as figuras. Vítima agora é acusado, e acusado é vítima.
Na brincadeira preferida dos marginais do bairro São João Bosco, os menores agora são a bola da vez, mas como em toda a brincadeira que se preze, a que envolve crimes e menores não deixam as crianças participarem integralmente da diversão, e das conseqüências, então elas tomam o papel de café-com-leite. Trocando em miúdos: como no esconde-esconde, se a criança muito menor é pega pelos amigos maiores, ela está eximida de ser a próxima a procurar. No contexto criminal, está isenta de culpa.
Mas, a prática é utilizada apenas para que a vítima se sinta incapaz, e tenha medo da acusação, que convenhamos, é muito pesada. Para sorte da pessoa em questão, a vizinhança o conhecia pelo trabalho realizado nas redondezas. Ou seja: a palavra de 48 (quarenta e oito) testemunhas contra a versão de 2 (duas). Ao chegar com sua família na delegacia de flagrantes, constatou-se que o menor de idade já havia sido fichado diversas vezes. Enfim temos um menor de idade, que já é figurinha carimbada dentro das delegacias de polícia ? algumas das vezes portando até drogas.
Cafajestes entram e saem todos os dias das mais diversas delegacias de polícia no Brasil. Ás vezes as marcas do crime ficam no corpo, mas não há o que se fazer, e a população fica de mãos atadas enquanto vê o aliciamento de menores ao crime (poderia dizer até organizado, vide a trama teatral exposta a público).
Quem paga a conta disso tudo é a população honesta. Os que se importam com as dívidas e os impostos, tem de temer sair de casa, enquanto os que roubam, machucam, matam e aliciam andam livremente por aí, e quando pegos, usando álibis cujo polícia sabe que são mentirosos, mas não podem fazer nada, por que a lei é omissa.
E viva o Brasil, viva Rondônia!