Ao destacar a importância do Dia Nacional da Saúde, comemorado nesta quinta-feira (5 de agosto) , a vereadora Mariana Carvalho (PSDB) lembrou que a data foi escolhida em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872 e foi pioneiro no estudo de moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil.
“Sua trajetória se confunde com a história da saúde pública brasileira e em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Nacional, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, hoje Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”, disse Mariana. A vereadora, que é interna do Curso de Medicina, em seu penúltimo ano de faculdade, declarou que a data é propícia para uma reflexão sobre as demandas da saúde no Município de Porto Velho.
“Não se trata de refletir sobre a saúde sob o viés da doença, como muitas vezes se faz. Muitos políticos, meios de comunicação e a própria população, quando falam de saúde, insistem em citar a construção de hospitais, compra de ambulâncias, aquisição de medicamentos, contratação de médicos e coisas assim. Sei que tudo isso é importante, necessário e fundamental. Mas temos que pensar a saúde como prevenção, com ações multidisciplinares, executadas pelos governos municipal, estadual e federal, que resultem em melhoria da qualidade de vida da nossa população.”
A vereadora lembrou que “a saúde é entendida na atualidade como sendo a resultante de uma multiplicidade de fatores que incluem: o ambiente social e econômico; o ambiente físico; e as características e comportamentos individuais. Deste modo, a saúde de uma pessoa ou de uma comunidade, resultará da inter-relação complexa entre este conjunto de fatores. Quer dizer, investindo em políticas saudáveis em qualquer outro setor obtém-se um efeito de "ciclo virtuoso", na medida em que se promove uma população saudável que, portanto, vai precisar de menor investimento na recuperação da saúde, e vai dispor de mais anos de vida saudável, ao mesmo tempo em que incrementa o desenvolvimento econômico.”
No entender da vereadora Mariana Carvalho, planejar a saúde na perspectiva da prevenção faz com que o seu impacto se faça sentir através de diversas políticas setoriais, tais como a agricultura, educação, meio ambiente, políticas fiscais, habitação e transportes. Ou seja, transforma a saúde no tema transversal a todos os setores, incentivando a atividade econômica através de medidas que são elas próprias promotoras de saúde. Esse tipo de planejamento promove a saúde e ao mesmo tempo contribui para o bem-estar e a riqueza das comunidades, através de estruturas, mecanismos e ações planejadas e geridas principalmente por setores exteriores à saúde propriamente dita.
“A saúde é produzida ‐ e posta em perigo ‐ no ambiente e atividades diárias das pessoas. As decisões que afetam a saúde são tomadas em muitos casos por outros setores que não a saúde. Por isso é importante que todos os gestores públicos ou privados se preocupem em tomar decisões promotoras da saúde, porque cidade saudável é aquela onde os seus habitantes não desistem de lutar por uma vida melhor.”, finalizou Mariana.