A ocorrência de insetos e ácaros que podem causar sérios danos a lavouras de pinhão-manso é monitorada desde setembro do ano passado por pesquisadores da Embrapa Rondônia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da
Foto: Divulgação
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Quatro pragas em especial recebem a atenção dos pesquisadores. A primeira delas é o percevejo, um inseto de cor preta com pingos vermelhos ou vermelho com manchas pretas, que ataca os frutos do pinhão-manso. Tanto as ninfas quanto os insetos adultos sugam os frutos imaturos, prejudicando o desenvolvimento da semente, de onde é extraído o óleo do pinhão-manso.
O monitoramento mostra que a ocorrência do percevejo é muito maior durante os meses de março e abril, único período em que o inseto foi encontrado em diferentes fases de desenvolvimento. Foram feitas amostragens quinzenais em uma área experimental localizada em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. A pesquisa inclui também dois ácaros conhecidos popularmente como ácaro-branco e ácaro-vermelho. As pragas se alimentam de partes das folhas da planta, que ficam comprometidas. O ácaro-branco, o mais danoso, deixa as folhas do pinhão-manso com aspecto enrugado. Por meio de equipamentos em laboratório foi possível identificar a praga em 70% das plantas amostradas.
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Conhecer a época de ocorrência, a dinâmica populacional e a forma de ataque de cada praga é essencial para a escolha do método de controle, afirma José Nilton. Com esse tipo de informação é possível determinar qual o momento ideal para agir e por quanto tempo a medida de controle deve ser utilizada. De maneira geral, é importante intervir antes que a praga comprometa a planta e resulte em dano econômico, explica o pesquisador.
O trabalho de monitoramento de pragas do pinhão-manso em Rondônia é uma das atividades de um projeto que tem como objetivo estabelecer uma série de orientações para o cultivo da planta. São feitas avaliações de produtividade e de teor de óleo para a escolha de plantas com características genéticas interessantes para a produção de biocombustíveis. Também fazem parte do projeto a Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados (MS), e a Fundação Universidade Federal de Rondônia. Os estudos são financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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